PNAE em tempos de covid-19: relato de caso do município Fernandes Pinheiro/PR

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Ações relacionadas à educação alimentar e nutricional durante a pandemia de covid-19: relato de caso do município de Fernandes Pinheiro/PR

Relato de experiência por Mauricila de Campos França, nutricionista do município de Fernandes Pinheiro – Paraná.

Contato: maurinutri@gmail.com

A prefeitura municipal de Fernandes Pinheiro – Paraná, através do setor de nutrição da Secretaria municipal de educação, iniciou o envio de atividades de Educação Alimentar e Nutricional (EAN), no mês de junho, para alunos das escolas municipais, com o objetivo de facilitar o acesso das famílias aos conhecimentos sobre uma alimentação adequada e saudável, possibilitando assim maior autonomia nas escolhas alimentares familiares. Inicialmente foram enviados dois folders às familias: Você é o que você come e 10 passos para uma alimentação adequada e saudável.

Como nutricionista, destaco que, nesse momento ímpar em que estamos vivendo, a nutrição tem papel fundamental e é de suma importância que todos os profissionais nutricionistas, como agentes colaboradoes na melhoria do bem-estar da população, trabalhem para que sejam enviados kits de alimentos de maneira universal, e haja continuidade em atividades de orientação nutricional às famílias.

 

 

 

 

Transição Nutricional em escola municipal de Passo Fundo/RS

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Transição Nutricional em escola municipal de Passo Fundo/RS

 

Relato de experiência da Nutricionista Priscila Loehder, em escola municipal de Passo Fundo/RS

Contato: priscilaloehder@hotmail.com

Área: educação alimentar e nutricional

 

Eu sou nutricionista formada há 3 anos pela Universidade de Passo Fundo (UPF) e durante o período de bacharelado participei de vários projetos, onde um dos quais foi ir até escolas municipais e públicas, acompanhada de uma colega, realizar uma transição nutricional com alunos, professores, educadores e merenderas, incentivando a alimentação saudável e a atividade física.

Foram apresentados aos alunos de seis a doze anos: formas, sabores, tamanhos e cores de diversos tipos de alimentos, criando receitas lúdicas, realizando trabalhos, como o modelo sinaleira, enfatizando nos hábitos alimentares deles alimentos in-naturas e minimamente processados, evitando e/ou reduzindo o consumo daqueles alimentos ultra processados; acompanhando a rotina e cardápio confeccionado pelas cozinheiras da escola distribuído às crianças; ensinando a maneira adequada da lavagem e higienização das mãos evitando assim doenças parasitárias que podem afetar a saúde desta população pelo hábito inadequado antes e após a refeição.

Enfim uma experiência produtiva onde aprendemos com eles dentro da escola, observando participação e alegria os alunos quando descobrem novas sensações em relação aos alimentos e o prazer demonstrado juntamente com os colegas de sala de aula, acompanhados de nós futuros profissionais da saúde e seus professores. Agradecemos eternamente o carinho que pudemos vivenciar durante o período do projeto e aprendizado adquirido através do sorriso, abraço e beijo de uma criança. 

 

 

PNAE em tempos de covid-19: relato de caso do município de Montenegro/RS

Ações relacionadas à alimentação escolar durante a pandemia de covid-19: relato de caso do município de Montenegro/RS

Relato de experiência por Patricia Teresinha Wille, nutricionista do município de Montenegro.

Contato: smec.merenda@montenegro.rs.gov.br

Em tempos de pandemia é necessário executar diversas ações para enfrentamento da problemática, sendo que a suspensão das aulas presenciais nas instituições de ensino foi uma das principais providências tomadas para evitar a propagação do coronavírus. No entanto, a interrupção das aulas promove a descontinuação da alimentação fornecida nas escolas, afetando diretamente o direito à alimentação dos escolares da rede pública de ensino previsto na legislação do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE).

Nessa perspectiva, em consonância com as diretrizes do PNAE e de Segurança Alimentar e Nutricional (SAN) e a partir da alteração da legislação do PNAE que “permite durante o período de suspensão das aulas em razão de situação de emergência ou calamidade pública, a distribuição de gêneros alimentícios adquiridos com recursos do Programa Nacional de Alimentação Escolar aos pais ou responsáveis dos estudantes das escolas públicas de educação básica”, a equipe do Setor de Nutrição e Alimentação Escolar (SNAE) (coordenado por três nutricionistas – Caroline Silveira, Lenara Johann e Patricia Wille- e composta por dois operários, um motorista, um auxiliar administrativo e um auxiliar de serviços escolares) do município de Montenegro/RS promoveu a distribuição de cestas básicas/kits de alimentos. Os alunos contemplados com os kits foram elencados pelas equipes diretivas de cada escola, priorizando as famílias em situação de vulnerabilidade social e com maiores dificuldades em acessar alimentos de qualidade, uma vez que muitos alunos realizam a principal refeição do dia na escola.

 Em um primeiro momento, no início do mês de abril, foi executada a montagem e distribuição de cestas básicas contendo produtos armazenados no estoque central e nas escolas do município, a fim de evitar perdas devido ao prazo de validade (feijão, flocos de milho, farinha, arroz, frutas etc.). Já em meados de abril e maio as ações passaram a priorizar gêneros alimentícios oriundos da agricultura familiar. Sabe-se que atual panorama promove ameaças à agricultura familiar local, visto que no município havia uma estimativa de utilização de cerca de 70% dos recursos do PNAE oriundos do âmbito federal ao longo do ano de 2020 com aquisição de gêneros alimentícios da agricultura familiar. Com as aulas interrompidas, os agricultores contemplados na chamada pública do município possuem comprometimento em seu orçamento e renda, além de implicações na perda de produtos que já haviam sido cultivados para atender os cronogramas de entrega de alimentos às escolas. Os kits com alimentos da agricultura familiar contemplam produtos que estavam programados nos cardápios da alimentação escolar planejados pelas nutricionistas do município, como: vegetais da safra (laranja, limão, maracujá, couve, brócolis, cenoura, batata, aipim, tomate, alface, espinafre etc.), ovos, pão de aipim, biscoito caseiro, bolinho de milho, geleia de bergamota, leite em pó, entre outros produtos. Até o momento foram distribuídos cerca de 600 kits para as famílias dos alunos. Vale salientar que a continuidade da distribuição desses alimentos será mantida enquanto as aulas presenciais das escolas da rede pública municipal se mantiverem suspensas.

As ações contam com o apoio do controle social da alimentação escolar municipal, dos gestores municipais e principalmente da equipe técnica da alimentação escolar, uma vez que há compreensão de que iniciativas como essa promovem a SAN e garantia ao Direito Humano à Alimentação Adequada e Saudável dos escolares por meio de uma alimentação adequada e saudável, priorizando alimentos frescos, in natura e minimamente processados, com respeito à cultura e hábitos alimentares locais, além da dinamização da economia local por meio dos agricultores familiares e com circuitos curtos de comercialização. Além disso, juntamente com os kits foi entregue um fôlder com orientações sobre higienização de alimentos em tempos de covid-19. Cabe salientar que a operacionalização (montagem, entrega etc.) das cestas de gêneros alimentícios seguiu todos os cuidados para evitar a transmissão de coronavírus.

Mapeamento de produtores da Agricultura Familiar no Rio Grande do Norte

CECANEUFRN equipe

USO DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO NO MAPEAMENTO DE PRODUTORES DA AGRICULTURA FAMILIAR NO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE: UM RELATO DO CECANE/UFRN

 

A conexão entre a agricultura familiar e a alimentação escolar fundamenta-se nas diretrizes estabelecidas pelo Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), no que tange o apoio ao desenvolvimento sustentável, com incentivos para a aquisição de gêneros alimentícios diversificados produzidos pela agricultura familiar. Essa interseção representa uma importante conquista no que se refere às iniciativas de compras públicas sustentáveis articuladas ao fortalecimento da agricultura familiar. No entanto, comparando-se os percentuais de recursos investidos com o montante repassado pelo FNDE, destaca-se que ainda há municípios que permanecem sem nenhuma compra desta natureza desde a implementação da lei 11.947/2009. Entende-se que essas Entidades Executoras (EEx) podem estar estancadas devido à dificuldade em mobilizar ferramentas para transpor a respectiva realidade da estrutural local.

É visando apoiar ações voltadas para o PNAE que os Centros Colaboradores em Alimentação e Nutrição Escolar (CECANE) se tornaram um espaço de fortalecimento e consolidação de políticas públicas em alimentação e nutrição, com ênfase na Segurança alimentar e nutricional e no Direito Humano à Alimentação Adequada, cujo foco é o ambiente escolar. Assim sendo, no ano de 2018, o CECANE da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), realizou um mapeamento de produtores (as) /propriedades rurais familiares e de características similares de abastecimento alimentar da agricultura familiar no estado do Rio Grande do Norte, tendo a tecnologia da informação como estratégia.

As tecnologias de informação e comunicação vêm remodelando os processos de interação humana, tornando-os mais efetivos e eficientes. A ideia de reunir, em um espaço comum e interativo, informações que apoiem ações de governança no setor público foi pensada para racionalizar o fluxo de informações sobre a oferta da agricultura familiar no estado, uma vez que se encontravam dispersas. E, ainda, para oportunizar a participação ativa dos atores ligados à produção no sistema alimentar durante a construção destes dados. A metodologia crowdsourcing que significa colaboração coletiva, visa arrolar indivíduos que estão conectados à uma rede para trabalhar juntos na solução de algum problema, independente de espaço e tempo.

Esta ferramenta se materializou na forma de um mapa colaborativo, disponível em <http://nutrir.com.vc/blog/mapeamentos/>, que teve como objetivo reunir dados sobre agricultores(as) familiares e as organizações da agricultura familiar (associações e cooperativas) existentes no estado do RN, aptos a comercializar às EEx, a fim de facilitar a identificação e localização desses agricultores. A indicação da solução tecnológica utilizada na construção desse mapa foi feita pelo Laboratório de Governança da UFRN (LabGov), que tem como premissa o uso da tecnologia de informação como uma ferramenta importante na análise dos problemas públicos e no desenvolvimento de soluções para saná-los, tais como a garantia do Direito Humano à Alimentação Adequada. O CECANE/UFRN, atualmente conta com a colaboração de um aluno bolsista em Tecnologia da Informação cujo objetivo é viabilizar a execução e manutenção dessa ferramenta.

Para cadastro dos produtores familiares individuais e organizados em grupos formais são solicitadas as seguintes informações: (1) Nome completo do ofertante; (2) Número de Declaração de Aptidão ao Pronaf (DAP) ou CNPJ; (3) Gêneros alimentícios que geralmente são ofertados pela sua produção; (4) Contato telefônico; (5) Endereço completo e localização no mapa; (6) Descrição sobre a produção (agroecológica, orgânica, convencional, etc) e (7) Sazonalidade. Portanto, qualquer indivíduo poderá cadastrar sua produção no mapa colaborativo.

A elaboração desta ferramenta corresponde ao produto final das oficinas regionais sobre demanda e oferta da agricultura familiar no PNAE realizadas pelo CECANE/UFRN no 2º semestre do ano de 2018. Atualmente, estão cadastradas mais de 40 produções no estado, entre produtores (as) individuais, associações e cooperativas. A indicação desta solução tecnológica possibilitará o encontro entre os atores pertinentes às duas pontas do sistema alimentar, representados pela oferta e demanda da alimentação escolar (nutricionistas, agricultores, secretários, assistentes técnicos rurais, conselheiros, etc.), sendo este um dos principais entraves para o não cumprimento do percentual mínimo exigido pela lei 11.947/2009 que versa sobre os 30% da aquisição de produtos da agricultura familiar no PNAE. Além disso, o mapeamento contribuirá com os responsáveis técnicos em suas chamadas públicas no tocante à articulação entre os atores sociais, à elaboração do cardápio com base na sazonalidade e na produção local e na pesquisa de preço.

A perspectiva atual é aumentar o quantitativo de cadastros e dar mais visibilidade a ferramenta através de eventos regionais e, também, por meio dos atores sociais, principalmente da assistência técnica e extensão rural. Diante disso, a partir dessa experiência, observamos que o mapa colaborativo se apresenta como um fator facilitador para estimular a oferta da agricultura familiar e a promoção do crescimento das compras públicas preconizadas pela Resolução 26/2013 e suas diretrizes, uma vez que, ao estar disponível online, possibilita o acesso universal entre os atores interessados. 

Informações do CECANE UFRN: 

Responsáveis pelo produto

Agente PNAE I: Profa. Msc.Viviany Moura Chaves (Nutricionista)

Agente PNAE II: Profa. Esp. Larissa Rayanne da Costa Varela (Nutricionista)

Coordenadora do Produto: Profa. Dra. Michelle Cristine Medeiros Jacob

Aluno Bolsista: Paulo Enéas Rolim Bezerra (Tecnologia da Informação)

Equipe técnica geral

Coordenadora de Gestão: Profa. Dra. Liana Galvão Bacurau Pinheiro

Subcoordenadora de Gestão: Profa. Dra. Renata Alexandra Moreira Das Neves

Assistente de projeto: Sankya Silva Saraiva 

 

Equipe do CECANE UFRN

 

CECANEUFRN UMARIZAL

 Paraticipantes da Oficina em Umarizal 

 

CECANEUFRN CURRAIS NOVOS

 Participantes da Oficina em Currais Novos

 

Fonte: CECANE/UFRN

CECANE UFRGS realiza formação de Ferramentas de Apoio ao Nutricionista

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A convite do grupo de nutricionistas responsáveis técnicas das escolas conveniadas de Porto Alegre, o CECANE/UFRGS realizou uma formação sobre as Ferramentas de Apoio ao Nutricionista, que auxiliam na implementação do PNAE nas escolas. A capacitação foi realizada no Fórum

O Centro Colaborador em Alimentação e Nutrição do Escolar, inserido na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (CECANE/UFRGS), vem há 12 anos prestando Assessoria e Monitoramento aos Municípios e Estado do Rio Grande do Sul, com visitas e formações para os atores sociais do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), além de oferecer apoio técnico e operacional, também por telefone e e-mail.

 das Entidades, localizado no Centro Histórico de Porto Alegre, na tarde do dia 4 de outubro, com a presença de 16 nutricionistas conveniadas e foi ministrada por três assessoras do CECANE UFRGS: Agnes Kopper, Bruna Vargas e a nutricionista Raísa Homem.

Foto: Nutricionistas das escolas conveniadas de Porto Alegre em formação do CECANE

O encontro iniciou com a apresentação das participantes e do papel do CECANE UFRGS, histórico e as suas principais atribuições. Em seguida, foram exibidas as Ferramentas de Apoio ao Nutricionista, através dos materiais existentes no portal do FNDE. Contou também com um momento prático, que demonstrou o passo a passo de uso das ferramentas, com o auxílio de computadores na sala.

Durante a explicação e utilização do “IQ COSAN” e “Plan PNAE”, foram disponibilizados momentos para esclarecimento de dúvidas e discussões acerca dos instrumentos de apoio. Ademais, foi realizada uma atividade em grupo que proporcionou uma discussão referente aos obstáculos encontrados no processo de planejamento, execução e elaboração dos cardápios das escolas.

Foto: Equipe CECANE/UFRGS que ministrou a formação em Porto Alegre

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No município de Porto Alegre, apenas na Educação Infantil (creches e pré-escolas), 115 escolas privadas atendem alunos da rede pública, por meio de convênios com o município, segundo relação atualizada pela Secretaria Municipal de Educação (Smed) no início de 2019.

As escolas privadas, filantrópicas e entidades comunitárias são credenciadas pelo Conselho Municipal de Educação e autorizadas a funcionar junto ao Sistema Municipal de Ensino de Porto Alegre. Cabe à Smed orientar e fiscalizar as escolas conveniadas, pertencentes ao sistema, em relação ao atendimento da legislação educacional e administrativa, conforme vigente, incluindo a alimentação escolar.  

Vale lembrar que, conforme a Lei nº 11.947/2009, que dispõe sobre o atendimento da alimentação escolar: “Art. 11.  A responsabilidade técnica pela alimentação escolar nos Estados, no Distrito Federal, nos Municípios e nas escolas federais caberá ao nutricionista responsável, que deverá respeitar as diretrizes previstas nesta Lei e na legislação pertinente, no que couber, dentro das suas atribuições específicas”.

As atribuições e atividades técnicas do Nutricionista no PNAE são regulamentadas pela Resolução CFN n° 358/2005 do Conselho Federal de Nutricionistas, bem como a indicação dos parâmetros numéricos do quantitativo de profissionais necessários para atender a complexidade dos serviços e o número de alunos atendidos.

Pensando em auxiliar o profissional Nutricionista em algumas de suas atribuições, o FNDE vem lançando Ferramentas de Apoio ao Nutricionista. Confira no site as ferramentas já disponíveis:

Manual de Boas Práticas- Ferramenta de Elaboração

Índice de qualidade da coordenação de segurança alimentar nutricional – IQ COSAN

Plan PNAE – Ferramenta de Planejamento de Cardápio

Fonte: CECANE/UFRGS

IFPE-Campus Caruaru fornece alimentação escolar direto de Assentamento

Entre os anos de 2017 e 2018, o  o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Pernambuco (IFPE)  com o apoio do Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA), visitou o Assentamento Normandia, do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). A visita foi composta por um grupo multiprofissional: nutricionistas , coordenadora de Extensão Rural, coordenadora da Assistência ao Estudante  e a diretora do Campus Caruaru . Em reunião realizada com agricultores e com as mulheres boleiras do assentamento, o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) foi pauta da discussão sobre a possibilidade do recurso disponível do IFPE ser utilizado para o assentamento.

No mês seguinte, a equipe do IFPE acompanhou a produção de bolos e pães pelas Mulheres Boleiras de Normandia, apesar da resistência das Mulheres boleiras, que alegavam que muito além da produção e do retorno econômico, o momento que se encontravam era para dialogar, trocar dicas de beleza e se empoderarem. A experiência de acompanhar a produção e atividades delas no assentamento foi exitosa e participativa, inclusive com momentos de confraternização.

 

Em 2018, o recurso do PNAE do Campus Caruaru/IFPE começou a ser destinado e utilizado em sua totalidade com os produtos do assentamento: frutas, pães e bolos fazem parte do cardápio e os estudantes estão bastante satisfeitos com essa novidade. Como o Campus fica a poucos quilômetros do assentamento e a instituição não possui refeitório  nem local pra armazenamento, o fornecimento é mais prático fazendo com que todos os produtos sejam entregues no dia de consumo.

 

Além das atividades de Educação Alimentar e Nutricional realizadas junto aos estudantes, a política colabora e impulsiona os professores a trabalharem com a temática em sala de aula. O fornecimento de uma alimentação adequada e de qualidade é benéfica para os estudados e aos Agricultores Familiares, sendo essencial projetos e empenho dos gestores para que a alimentação escolar seja oferecida com eficiência e conectada com os elos do sistema alimentar.

 

FONTE: REBRAE

1º Encontro Crescer Saudável promove integração entre profissionais da educação e da saúde de nove municípios gaúchos da 1ª e 2ª CRS

No dia 6 de novembro ocorreu, em Porto Alegre, o 1º Encontro Crescer Saudável: saúde e educação unidas promovendo hábitos saudáveis no ambiente escolar. O encontro foi promovido pela 1ª Coordenadoria Regional de Saúde (CRS), em parceria com o Centro Colaborador em Alimentação e Nutrição do Escolar da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (CECANE UFRGS) e contou com o apoio da área técnica de Saúde Nutricional da Secretaria Municipal de Saúde de Porto Alegre (SMS/POA).

O objetivo de Encontro foi proporcionar um momento de integração entre profissionais da educação e da saúde dos nove municípios prioritários do Programa Crescer Saudável, pertencentes à 1ª e 2ª CRS, sendo eles: Alvorada, Campo Bom, Canoas, Gravataí, Guaíba, Porto Alegre, São Leopoldo, Taquara e Viamão, a fim de discutir sobre a saúde dos escolares e a promoção de hábitos saudáveis no âmbito escolar.

 

Assim, participaram do encontro representantes das secretarias de saúde e educação dos nove  municípios, bem como coordenadores e assessores pedagógicos, diretores e vice-diretores, professores, nutricionistas, membros do CAE, merendeiras, técnicos em nutrição e em saúde bucal, agentes comunitários de saúde, enfermeiros, psicólogos, dentistas, residentes e estudantes, reunindo cerca de 160 participantes.

 

Após a abertura do evento, realizada pela fala nutricionista Ana Romero, Coordenadora Regional da Política Alimentação e Nutrição (PAN) da 1ª região, os participantes assistiram a versão resumida do vídeo “Muito Além do Peso” (2012), seguido de uma mesa redonda composta pela psicóloga Tania Beatriz Marques,  nutricionista Cíntia Costa e  dentista Annicele Gameiro. O debate em torno da saúde dos escolares foi muito rico, onde as profissionais trouxeram muitas contribuições das suas áreas de atuação.

 

A psicóloga Tânia iniciou a mesa tratando sobre a ambivalência de afeto e alimento, a necessidade de trabalhar mudanças de hábitos com a família e o desafio de lidar com o fato de muitas vezes a informação não ser suficiente para levar a uma mudança de comportamento. A nutricionista Cíntia deu continuidade ao debate trazendo dados relevantes sobre a Avaliação Nutricional de crianças de 0 a 6 anos da capital gaúcha e suas experiências no município, falando sobre os projetos “Amamentar é Tri: garantindo o direito à alimentação saudável desde pequenininho” e “Até dois, doce não”. Cíntia também abordou sobre a importância de empoderar os pais com informações e sobre a nova rotulagem de alimentos. Já a dentista Annicele enriqueceu a mesa com a sua realidade como ondotopediatra, abordando a importância da conscientização através de informações inter-relacionadas entre dieta e saúde bocal, esclarecendo os malefícios sobre o excesso de ingestão de açúcar, formação de cáries, periodontites e ocorrência de diabetes.

 

Após o debate, o painel “Políticas Públicas para a promoção da alimentação saudável na escola: PNAE; PSE; Crescer saudável”, conduzido pelas nutricionistas Ana Luiza Scarparo e Ana Luisa Lovato, contextualizou as políticas públicas para a promoção da saúde e da alimentação saudável no ambiente escolar.

 

A manhã de debates ainda contou com as falas “Educação Alimentar e Nutricional no ambiente escolar: avanços, desafios e possibilidades”, com Ana Luiza Scarparo e  “Comer, brincar e crescer saudável”, com Tânia Beatriz Marques.

 

A tarde do Encontro contou com as apresentações dos relatos de experiência dos Municípios do Grupo de Trabalho do Crescer Saudável, contribuindo para a sensibilização e motivação para a promoção da saúde e da alimentação saudável de todos presentes. Os Relatos de experiência foram:

 

 

    • Guaíba: Experiências no Programa Saúde na Escola (PSE): produzindo saúde com a escola;

 

    • Bento Gonçalves: Promoção da alimentação saudável na escola, com foco nos manipuladores de alimentos e a experiência da merendeira Daniela na alimentação escolar, no concurso Melhores Receitas da Alimentação Escolar e no Programa Super Merendeiras, onde Daniela emocionou os ouvintes falando de suas escolhas, experiências e vivências como merendeira. Daniela também sensibilizou a todos com o seu relato sobre a viagem à Republica Dominicana (uma das premiações do concurso), falando sobre outras realidades e experiências no contexto da alimentação escolar.

 

    • Taquara: Educação Alimentar e Nutricional através da música e Plantas alimentícias não convencionais (PANC) na alimentação escolar: desafio para introdução e trabalho com professores com PANC como ferramenta pedagógica;

 

    • Campo Bom: Experiências do setor de nutrição das secretarias de educação e saúde, na promoção de bons hábitos alimentares em escolares;

 

    • Viamão:  PANC no contexto escolar, EMEF Guerreiro Lima;

 

    • Canoas: Hábitos Alimentares Saudáveis na Escola, EMEI Profª Terezinha S. Tergolina;

 

    • Gravataí: Construção do PSE no município;

 

    • Alvorada: 1º concurso lanche saudável na escola;

 

    • Porto Alegre: Pequenas Grandes Ações na Educação Infantil, EMEI Maria Marques Fernandes.

 

 

No final do Encontro ainda houve sorteio de materiais disponibilizados pela equipe do CECANE UFRGS.

 

Além da troca e integração durante o encontro, uma equipe composta por um representante de cada município, encontra-se mensalmente afim de elaborar o planejamento do Programa de Educação Permanente para promoção da alimentação saudável no ambiente escolar, onde os esforços entre secretarias possam ser unificados em relação a vigilância alimentar e nutricional dos escolares no combate ao sobrepeso e obesidade infantil.

 

Sem dúvidas o evento foi um sucesso e irá gerar frutos para a realização de ações para o enfrentamento da obesidade a curto, médio e longo prazo.

 

Confira algumas fotos do evento:

Fonte: REBRAE

Rotulagem de alimentos é tema de atividades da Semana Mundial da Alimentação em Porto Alegre

Em meio às comemorações e reflexões da Semana Mundial da Alimentação, Porto Alegre contou com algumas atividades de destaque sobre rotulagem de alimentos, entre elas, uma voltada à comunidade em geral e outra direcionada aos profissionais da área da saúde.

O Centro Colaborador em Alimentação e Nutrição do Escolar (CECANE/UFRGS) participou da Feira Ecológica do Bom Fim (FEBF) de Porto Alegre no último sábado, dia 20 de outubro, com a oficina visual “Alerta à Rotulagem: o que vai dentro dos alimentos ultraprocessados?”, juntamente com o Centro de Empreendimentos em Alimentação e Nutrição (CEANUT /UFRGS) e o Programa de Extensão e Pesquisa em Saúde Urbana, Ambiente e Desigualdades da UFRGS.

  

O evento aconteceu na Banca da Acolhida, um espaço livre destinado à comunicação da feira ecológica com a sociedade, localizada próxima à esquina entre as ruas José Bonifácio e Vieira de Castro. Com o objetivo de conscientizar a população sobre o consumo e a composição de alimentos ultraprocessados, foram expostos rótulos de alimentos industrializados junto a embalagens com as respectivas quantidades de açúcar, gordura e sal presentes nesses alimentos. Durante a atividade, a equipe explicou ao público que circulava na feira como ler e interpretar os rótulos e quais cuidados ter na escolha dos alimentos, despertando um olhar crítico para as alegações comercias.

  

A oficina foi uma estratégia de sensibilização a respeito da campanha para a adoção da nova rotulagem de alimentos proposta pela Aliança pela Alimentação Adequada e Saudável e pelo Instituto de Defesa do Consumidor (IDEC), que contará com uma consulta pública ofertada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) a partir do mês de novembro através do site http://alimentacaosaudavel.org.br/direitodesaber/.

   

Já o Telessaúde-RS/UFRGS realizou uma webpalestra, a qual faz parte de uma série de ações da campanha gaúcha para a nova rotulagem nutricional de alimentos, articulada pelo Núcleo Interdisciplinar de Prevenção de Doenças Crônicas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). No primeiro vídeo da série, a nutricionista e professora do curso de Nutrição da universidade, Raquel Canuto, representando uma frente criada no RS pela Nova Rotulagem (CRN, HCPA, AGAN-RS e UFRGS), esclarece mais sobre a pauta da rotulagem para tornar possível um maior engajamento e participação da população e dos profissionais da área da saúde.

(O vídeo tem início aos 7:13)

https://youtu.be/czF08XU7o2A

Fonte: CECANE/UFRGS e Telessaúde-RS/UFRGS.

 

Projeto da Sociobiodiversidade realiza testes de Adesão e aceitabilidade em escolas no município de Mostardas (RS)

O curso EAD “Alimentação Saudável na Escola” tem como objetivo proporcionar conhecimento e atualização sobre a promoção da alimentação saudável no ambiente escolar e sensibilizar profissionais e estudantes de diferentes regiões brasileiras, tanto na área de Nutrição (Nutricionistas) e de Educação (Diretores, Coordenadores Pedagógicos, Professores), assim como demais interessados dentro e fora da comunidade escolar, para o desenvolvimento de ações de educação alimentar e nutricional.

Justificativas para a temática do curso: os índices crescentes de sobrepeso, obesidade e doenças associadas à má alimentação da população, principalmente em crianças e adolescentes; a infância como fase em que os hábitos alimentares estão sendo formados; a função pedagógica da alimentação escolar; as recomendações nutricionais para aprimorar a qualidade da alimentação ofertada no ambiente escolar; a escola ser reconhecida como um espaço propício para a formação de hábitos alimentares saudáveis; a necessidade de sensibilizar os envolvidos com a alimentação escolar para o desenvolvimento de ações de educação alimentar e nutricional, etc.

 

Este curso é uma parceria Centro Colaborador de Alimentação e Nutrição do Escolar – CECANE/UFRGS e Secretaria de Educação a Distância – SEAD/UFGRS. Não há pré-requisitos para acessar o curso, oferecendo assim a oportunidade de ampliar conhecimentos de um grande número de pessoas e possibilitar o acesso de profissionais de diferentes regiões brasileiras.

 

Seja bem vindo (a) e aproveite!

Município de Cachoeiro/ES estuda melhorias no processo de compra de produtos da agricultura familiar

Ontem, dia 03 de julho, foi aprovado, por unanimidade, o Projeto de Lei nº 23 /2016 que dispõe sobre a promoção da alimentação saudável e proíbe a comercialização de produtos que colaborem para a obesidade, diabetes, hipertensão, em cantinas e similares instalados em escolas públicas e privadas do Estado do Rio Grande do Sul.

Conforme o Art. 4º, passa a ser proibido a comercialização dos produtos no ambiente das escolas de educação infantil, de ensino fundamental e médio das redes pública e privada de ensino:

 

I – balas, pirulitos, gomas de mascar, biscoitos recheados;

II – refrigerantes e sucos artificiais;

III – salgadinhos industrializados;

IV – frituras em geral;

V – pipoca industrializada;

VI – bebidas alcoólicas;

VII – alimentos industrializados cujo percentual de calorias provenientes de gordura saturada

ultrapasse 10% (dez por cento) das calorias totais;

VIII – alimentos em cuja preparação seja utilizada gordura vegetal hidrogenada;

IX – alimentos industrializados com alto teor de sódio.\r\n\r\n

 

Essa normatização da alimentação em escolas tem o objetivo de prevenir e controlar a obesidade infantil e doenças crônicas não-transmissíveis.

 Atualmente, a obesidade pode ser considerada o principal problema de saúde infantil nas nações desenvolvidas e avança também nos outros países. O Rio Grande do Sul é o estado com a maior prevalência de sobrepeso e obesidade em crianças e adolescentes. Entre as crianças de 5 a 10 anos, o sobrepeso é de 19,65% e em adolescentes atinge 21,51%. Já a obesidade atinge 17,39% das crianças e, 12,65% dos adolescentes gaúchos (SISVAN 2015). Dados alarmantes tendo em vista que a obesidade infantil é um fator de alto risco para a obesidade entre os adultos, pois setenta a oitenta por cento dos adolescentes obesos tornar-se-ão adultos obesos.

Através da proibição da comercialização desses produtos nocivos à saúde, o projeto de lei busca levar as escolas a oferecerem produtos mais saudáveis, como  frutas, sucos e sanduíches naturais. Assim, busca-se que as crianças recriem seus hábitos alimentares e influenciem positivamente os pais em casa.

 

Clique aqui para acessar o texto completo da Proposição

 

Para se tornar lei, o projeto ainda precisa ser sancionado pelo governador do Rio Grande do Sul.

 

Fonte: Site da Assembleia Legislativa do Estado do Rio Grande do Sul