Roda de conversa sobre sociobiodiversidade em escolas nos estados do RS e do RN

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Aconteceu no dia 21 de novembro, na Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, a Roda de conversa e apresentação de resultados preliminares das pesquisas realizadas no Rio Grande do Sul (RS) e no Rio Grande do Norte (RN), vinculados ao projeto do CNPq Alimentação adequada e saudável no contexto da alimentação escolar: difusão do consumo de produtos da sociobiodiversidade regional”, coordenado pela professora Luciana Dias de Oliveira e executados pelos Centros Colaboradores em Alimentação e Nutrição do Escolar, CECANE, e pesquisadoras colaboradoras. 

As pesquisas realizadas no estado do RN, Merenda Tropicana eu quero teu sabor: aceitabilidade de preparações com alimentos da sociobiodiversidade do Rio Grande do Norte, e no estado do RS com as comunidades Quilombolas e produtos da sociobiodiversidade no munícipio de Mostardas/RS, foram as temáticas discutidas durante o encontro om a presença das coordenadoras do CECANE/UFRGS e colaboradoras da pesquisa no RS, Luciana Dias Oliveiras, Vanuska Lima e Eliziane Ruiz, junto com os alunos Agnes Kopper, Arthur Moysés, Josiane do Santos e Vanessa Hendler, e a professora colaboradora do CECANE/UFRN, Larissa Mont’Alverne Jucá Seabra, representando a pesquisa realizada no estado junto com as demais participantes, Renata Alexandra Neves, Liana Bacurau Pinheiro (UFRN), Sânkia Silva Saraiva (CECANE/RN) e a aluna Deborah Marinho.

O encontro entre os dois estados e projetos se dá através da promoção da Sociobiodiversidade e a sua inclusão no ambiente escolar. A consolidação de uma alimentação saudável dentro das escolas conecta saberes e práticas locais/regionais do contexto territorial em que se encontram. Por isso, os alimentos da sociobiodiversidade também fortalecem as comunidades locais, os povos tradicionais e os agricultores familiares que transferem conhecimentos populares e por vez ofertam os alimentos produzidos para o Programa Nacional de Alimentação Escolar.        

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Dentro dos objetivos e atividades realizadas por ambas as pesquisas, no âmbito do projeto em comum, foram desevolvidas preparações a base de alimentos da sociobiodiversidade dos locais escolhidos, assim como a territorialização na região, como envolvimento com a comunidade, troca de saberes e contextualização da realidade prática em que as escolas, agricultores e povos tradicionais se encontravam no momento, inclusive a capacidade produtiva dos alimentos escolhidos para o trabalho. Posteriormente foram feitas as pesquisas de adesão e aceitabilidade de preparações nas escolas públicas nos dois estados, RS e RN. Assim, também foram realizadas atividades de extensão a partir de oficinas de preparação com os alimentos da sociobiodiversidade, com as manipuladoras, nutricionistas do PNAE e comunidade local.  

No estado do RS, no munícipio de Mostardas, a presença de alimentos quilombolas locais foram muito sobressaltados, o que fortaleceu a escolha dos mesmos para a pesquisa, o Milho catete e o feijão sopinha. Como dados preliminares, houve forte adesão das preparações bolo de milho catete e feijão sopinha como preparação completa, caldo e feijão. No estado do RN, na região do Agreste e Leste Potiguar, os alimentos escolhidos partiram do forte relato das comunidades, sendo o Umbu uma das frutas nativas mais citadas entre as conversas entre as pesquisadoras e a comunidade. Assim junto com a castanha de caju, as preparações escolhidas e com maior aceitabilidade foram a Vitamina de Umbu, a Umbuzada, e o bolo de castanha de caju.                                                          

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Em relação aos desafios, um entrave parecido apareceu nas pesquisas. No caso do munícipio de Mostardas, as duas cultivares de milho e feijão não têm demanda o suficiente para que os agricultores possam estar ofertando para o PNAE, em alguns relatos pode se perceber que a valorização começa com quem vem de fora do local, pois a população da região, de forma mais geral, desconhece essa cultura tão valiosa. Não distante desse quadro, no RN, a pesquisadora Larissa trouxe fortes relatos sobre como se pode adquirir as castanhas de caju, que precisam chegar por produtores maiores, devido a baixa densidade produzida por uma planta, o que as vezes o pequeno agricultor não alcança, geralmente por falta de garantias em relação a demanda. 

Reconhecendo o envolvimento das crianças, o contato com o novo por vezes, ou com a valorização de alimentos já conhecidos, é de grande importância o desenvolvimento das pesquisas para que os desafios encontrados possam ter suporte e visibilidade para serem superados. Além disso, mais uma vez a extensão e a pesquisa ressaltam que a alimentação escolar perpassa as instalações da escola e conecta a economia local e solidária, através das produções da agricultura familiar e povos tradicionais, o que amplia a visão sobre o impacto social e economico que a política pública propicia através de todos os seus atores. 

A Sociobiodiversidade, além do reconhecimento popular em ascensão, através das universidades e dos agentes diários quem mantém suas culturas vivas em cada comunidade do país, é amparada por lei desde a menção a importância da inclusão dos alimentos da sociobiodiversidade na Resolução/CD/FNDE nº 26, de 17 de junho de 2013 e institui a lista das espécies ambrangidas na PORTARIA INTERMINISTERIAL Nº 284, DE 30 DE MAIO DE 2018. 

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Fonte: REBRAE

 

 

A Secretaria da Educação do Estado da Bahia aderiu ao Cartão Pnae

A Secretaria da Educação do Estado da Bahia (SEC) aderiu ao Cartão Pnae, uma ferramenta criada pelo Banco do Brasil a pedido do Ministério da Educação (MEC), por meio do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), que permite uma nova forma de realizar o repasse dos recursos do Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae) para as unidades escolares da rede estadual de ensino e dos municípios. Por meio do cartão de pagamentos, a compra da alimentação escolar se tornará ainda mais rápida e transparente.

O projeto iniciou em abril deste ano, após a Secretaria da Educação do Estado da Bahia ter sido escolhida pelo FNDE como participante do piloto, juntamente com a Secretaria da Educação do Estado de São Paulo.

O projeto piloto foi iniciado nos colégios estaduais Senhor do Bonfim e Roberto Santos, além de mais oito unidades escolares. Já foram cadastradas no Sistema de Gestão do Cartão Pnae 1.141 unidades escolares estaduais, sendo gerados 593 cartões. De acordo com o Banco do Brasil, o uso dos cartões será implementado em todo o país.

“Com a implantação do Cartão Pnae não haverá mais repasse de recurso financeiro do Pnae para as contas corrente das unidades escolares, pois o princípio do cartão é a inserção de limite mensal no valor igual ao da parcela a qual a escola tem direito. Em 2020, todas as unidades escolares estaduais passarão a utilizar efetivamente o Cartão Pnae, movimentando em torno de R$ 65 milhões na aquisição dos gêneros alimentícios para a alimentação escolar”, afirmou a diretora de Recursos Informacionais e Transporte Escolar da SEC, Suely Miranda.

Dentre as vantagens do sistema do Cartão Pnae, destacam-se: mais agilidade na realização dos pagamentos dos gêneros alimentícios, visto que o uso do Cartão Pnae permite a liquidação automática e direta das despesas em favor do estabelecimento comercial; e mais controle sobre a destinação dada aos recursos, já que todos os pagamentos realizados com o cartão trazem a identificação dos estabelecimentos comerciais destinatários dos créditos. Além disso, o sistema proporciona a transparência na execução dos recursos, pois os gestores escolares poderão gerar demonstrativos mensais de todos os pagamentos realizados com o Cartão Pnae, sem a necessidade de solicitação às agências, pela internet, por meio do Autoatendimento Setor Público ou pelos Terminais de Autoatendimento do Banco do Brasil.

Fonte: https://bit.ly/2NVBM8W