REME realiza formação continuada para merendeiros com foco em alimentação escolar sem glúten

A Prefeitura Municipal de Campo Grande, por meio da Secretaria Municipal de Educação (Semed), realizou nessa sexta-feira (23/05/2025), a 1ª Oficina Culinária da Superintendência de Alimentação Escolar (SUALE), com o tema “Receitas Sem Glúten”, voltada à capacitação dos merendeiros e merendeiras da Rede Municipal de Ensino (REME). O evento aconteceu nas dependências da Universidade Anhanguera e reuniu cerca de 30 profissionais da alimentação escolar para uma tarde de aprendizado prático e troca de experiências.

A oficina teve como objetivo subsidiar os profissionais da merenda escolar com novas preparações feitas com ingredientes adaptados para atender os alunos com necessidades alimentares especiais, como os alérgicos ao trigo e os que possuem sensibilidade ao glúten. Entre as receitas ensinadas estavam torta recheada com frango, pão sem glúten e bolo com cacau, todas preparações inclusivas e de fácil adaptação nas unidades escolares.

A formação foi conduzida pela nutricionista Elda Regina Leite Galvão, fundadora da ACELBRA/MS (Associação dos Celíacos do Brasil – seccional Mato Grosso do Sul), referência em alimentação segura para celíacos. A ação contou ainda com a coparticipação das nutricionistas da equipe técnica da SUALE, Adna Benevides, Lenilza Medeiros e Valéria Santana, além da cozinheira-auxiliar Swamy Moraes.

A iniciativa integra o conjunto de ações da SEMED voltadas à qualificação dos profissionais da educação e à promoção de uma alimentação escolar nutritiva, segura e acessível para todos os alunos da Rede Municipal de Ensino.

Estudo mostra retorno de mais de 50% para cada real ivestido em compra de alimentos da agricultura familiar

Um estudo feito por pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) fez um levantamento do efeito do Programa Nacional de Alimentaçã escolar (PNAE) na agricultura familiar. Para cada real investido no programa e destinado à compra de alimentos da agricultura familiar, há um retorno de R$1,52 para agricultoras familiares (+52%) e de R$1,66 para pecuaristas familiares (+66%).

A pesquisa teve como base os Censos Agropecuários de 2007 e 2017, ou seja, fez um comparativo entre a situação de agricultores familiares entre um período sem a lei e o outro já com a lei em vigor. Também considerou o orçamento destinado para a aquisição de alimentos via PNAE no ano de 2017 — cerca de R$ 4,47 bilhões, dos quais ao menos R$ 1,3 bilhões deveriam ser usados na compra de alimentos da agricultura familiar.

Os municípios que seguiram a lei tiveram um incremento na produção agrícola de 9,8% na comparação entre 2007 e 2017. Também houve um crescimento de 4,5% na pecuária familiar dessas cidades.

Os pesquisadores também indicaram que a política pública de incentivo à agricultura familiar tem impacto positivo na população de forma geral. A renda nacional teve um aumento de 0,65% com o fomento promovido pelo PNAE, refletida principalmente em ganhos para os trabalhadores e proprietários rurais.

Todos esses dados indicam que politicas que fomentam a agricultura familiar, como é o caso do PNAE, potencializam resultados econômicos, sociais e ambientais da comunidade local, trazendo benefícios a todos envolvidos na política.

 

Fonte: https://agro.estadao.com.br/gente/estudo-mostra-retorno-de-mais-de-50-para-cada-real-investido-em-compra-de-alimentos-da-agricultura-familiar