Escolas municipais de Piraí do Sul/PR realizam jornada de educação alimentar e nutricional

Pelo menos uma geração inteira de crianças cresceu bombardeada por propagandas desde que o deputado federal Luiz Carlos Hauly (PSDB-PR) apresentou, em 2001, projeto de lei que pede a regulamentação da publicidade infantil no país. Em trâmite na Câmara dos Deputados desde então, o PL 5921/2001, volta a ser discutido e pode ir a votação.

A medida atende a uma demanda história da sociedade civil. O Brasil ainda não tem uma lei específica para tratar do assunto, que é visto tanto por empresas do setor de alimentos e brinquedos quanto de propagandas como uma espécie de censura. Um argumento controverso.

 

Muitos países possuem regras para exibição de publicidade direcionada a crianças, seja restringindo faixas horárias, seja proibindo-a totalmente ou colocando limites de tempo. Vinte e três outras nações, como Argentina, Canadá, Colômbia, Espanha, Estados Unidos, França, Portugal e Uruguai, têm leis para tanto sem que se fale nos termos de censura.

 

Por aqui, a proposta de Hauly fundamenta-se no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e no Código de Defesa do Consumidor para reconhecer que a propaganda infantil pode ter efeitos danosos. O mercado gosta de usar crianças como porta de entrada fácil para empurrar produtos às famílias. É dessa forma que alimentos relacionados ao desenvolvimento de obesidade, por exemplo, ganham o espaço que deveria ser destinado a frutas e verduras.

 

“O projeto nasceu porque em 2001, meu filho à época com 11 anos, não parava de me pedir as novidades anunciadas na televisão. Decidi promover o debate sobre o tema, apresentando o projeto proibindo a publicidade destinada ao público infantil”, afirmou Luiz Carlos Hauly à reportagem do Joio.

 

Após idas e vindas entre as comissões da Câmara, o texto chegou a uma versão final que diz que é “proibida a publicidade destinada a promover a venda de produtos infantis, assim considerados aqueles destinados apenas às crianças”.

 

As modificações feitas nestes 17 anos deram alguma maturidade à discussão e o projeto é visto por entidades da sociedade civil como um dos mais importantes para defesa dos direitos da criança e do adolescente contra eventuais abusos dos meios de comunicação.Instituo Alana, que desde 1994 busca promover a garantia ao desenvolvimento integral de crianças e adolescentes, recomenda a aprovação do PL, dentre as iniciativas que acompanha.

 

A versão final está pronta para votação em plenário desde 2016. A equipe de reportagem visitou o Congresso Nacional, em Brasília (DF), e conversou com assessores parlamentares que informaram que o presidente do Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), pretende votar projetos relacionados à infância na ocasião.

 

“Este projeto de lei não foi ainda aprovado porque, na essência, atinge diretamente o interesse das empresas fabricantes de brinquedos infantis e do mercado publicitário, que têm nas crianças um grande filão consumidor”, afirma Hauly. Ele diz que espera o apoio de ativistas e organizações da sociedade para a votação.

 

“Acredito que a participação da sociedade neste momento é de fundamental importância para que seja aprovado pela Câmara dos Deputados. Após as eleições, ainda teremos dois meses de funcionamento do Congresso Nacional e não podemos desistir em nenhum momento de tornar este projeto em realidade.”

 

O PL 5921/2001 é um dentre vários que tramitam no Legislativo federal. O Instituto Alana monitora propostas que valem a atenção. Em especial, outras duas iniciativas são interessantes a esta altura do campeonato.

 

De autoria do deputado Carlos Bezerra (MDB/MT), o PL 1637/2007 cria regras sobre a publicidade de alimentos de baixo teor nutricional, com altos índices de açúcar, gorduras e sódio.

 

Já o PDC 1460/2014, de autoria de Milton Monti (PR/SP), vai na contramão. Pretende suspender uma resolução do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente, ligado à Presidência da República, que regulamenta propagandas direcionadas ao público infantil.

 

Fonte: O JOIO E O TRIGO

 

Imagem em destaque: Instituto Alana

 

CECANE UFPI realiza Curso de Formação para atores do PNAE

Teve início no dia 19/05/2018 o Curso de Formação para atores do PNAE (nutricionistas, gestores e presidentes de Conselhos de Alimentação Escolar–CAE), realizado pelo Centro Colaborador em Alimentação e Nutrição Escolar CECANE UFPI como parte das atividades de ensino propostas pelo Projeto “Estudo de práticas de vida saudável com estudantes de ensino fundamental e médio na perspectiva da promoção da soberania e segurança alimentar e nutricional”. O projeto é credenciado pelo CNPq, por meio da Chamada CNPq/MCTIC Nº 016/2016 e conta com parcerias da Universidade Federal do Ceará- UFC, Universidad Nacional de Catamarca (UNCA)-Argentina-Catamarca, dentre outras.

O curso (40 h) foi estruturado em quatro encontros (oficinas) e a abertura ocorreu no Auditório do Departamento de Nutrição da Universidade Federal do Piauí, com a Coordenadora e Subcoordenadora do CECANE-UFPI Profª. Dra. Marize Melo dos Santos e Profª. Dra. Cecília Maria Resende de Carvalho e contou com a presença do Profº. Dr. José Arimatea Barros Bezerra – UFC, que conduziu a Oficina 1, no turno da manhã, com a temática: Ciências Humanas e Educação Alimentar e Nutricional. O curso contou com o envolvimento de Agentes do PNAE (CECANE-UFPI), como instrutores, mestrandos e doutorandos do Programa de Pós-Graduação em Alimentos e Nutrição-UFPI. As temáticas abordadas pelos curso foram; Ciências Humanas e Educação Alimentar e Nutricional; Competências e atribuições dos Conselheiros de Alimentação Escolar, e nutricionistas na execução do Programa Nacional de Alimentação Escolar – PNAE, Círculo de diálogo sobre o PNAE: vivências no cotidiano do trabalho Abertura: Alimentação Saudável na Escola.

 

Equipe participante:

Luiza Marly Freitas de Carvalho (PPGAN)

Sarah de Melo Rocha (PPGAN-UFPI)

Layonne de Sousa Carvalho (PPGAN-UFPI)

Elizabete Maciel de Sousa Cardoso (CECANE-UFPI)

Amália de Jesus Moura Sinimbu (CECANE-UFPI)

Elaine Carvalho de Morais (CECANE-UFPI)

Waldimir Ferreira da Silva Filho (CECANE-UFPI)

Victor Alves de Oliveira (CECANE-UFPI)

Ennya Cristina Pereira dos Santos Duarte (CECANE-UFPI)

Confira algumas fotos do Curso:

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No Oiapoque, no Amapá gestores e professores de escolas indígenas participaram de oficinas sobre o Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae)

Curso capacitou professores e gestores de escolas indígenas sobre alimentos saudáveis da agricultura familiar

Gestores e professores de escolas indígenas do Amapá participaram de oficinas sobre o Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae). Durante quatro dias, representantes dos povos Galibi-Marworno, Karipuna, Palikur e Galibi-Kalinã estiveram na cidade de Oiapoque para debater sobre como garantir aos estudantes das escolas indígenas da região uma alimentação saudável, de acordo com a realidade local.

Nas oficinas, os participantes assistiram apresentações sobre o funcionamento do Pnae e tiraram dúvidas de questões relacionadas à prestação de contas, licitação, mapeamento da produção agrícola local, elaboração de cardápios específicos e diferenciados, estruturação de chamadas públicas para compra de produtos da agricultura familiar e criação de projetos de venda para os produtores fornecedores.

A iniciativa partiu de demanda apresentada pela Organização dos Professores Indígenas do Município de Oiapoque (Opimo) na Câmara de Comercialização de Produtos da Sociobiodiversidade e da Agroecologia do Amapá. Segundo Izabel Gobbi, antropóloga da Coordenação-Geral de Promoção da Cidadania (CGPC) da Funai, ações como essas são necessárias, pois “os povos indígenas têm pedagogias próprias e processos específicos de ensino e aprendizagem, sendo que os hábitos alimentares, as práticas e conhecimentos associados são parte fundamental desses processos”.

A ação foi organizada pela Fundação Nacional do Índio (Funai) com o apoio do Mapa, Cooperação Técnica Alemã (GIZ), da Secretaria Estadual de Educação (Seed), da Secretaria Extraordinária dos Povos Indígenas do Amapá, do Instituto de Desenvolvimento Rural do Amapá (Rurap), do Conselho de Alimentação Escolar do Estado (CAE/AP), do Conselho de Alimentação Escolar do Município, da Secretaria Municipal de Educação, da Secretaria Municipal de Agricultura, do Instituto de Pesquisa e Formação Indígena (lepé) e do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado do Amapá (Sebrae Amapá).

 

Fonte: https://bit.ly/2M2U88I

Publicado: 19/07/2019 

Estudantes municipais de Alagoas participam de atividades da Jornada de Educação Alimentar e Nutricional

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Com o objetivo de incentivar o debate e a prática das ações de Educação Alimentar e Nutricional no ambiente escolar, as Unidades de Ensino de Santana do Mundaú, município de Alagoas, atendidas pelo Programa Nacional de Alimentação Escolar, estão promovendo a Jornada de Educação Alimentar e Nutricional.

 A iniciativa visa à promoção da alimentação saudável e a prevenção da obesidade infantil, tendo como agente transformador da alimentação, as merendeiras. 

Na Escola Municipal João de Melo Mendonça no Sítio Brejo Grande, pais e alunos participaram de uma série de atividades conduzidas pela professora Mirela e a merendeira Simone Souza. Na oportunidade, as profissionais destacaram a importância de uma refeição nutritiva. De acordo com Simone, por meio das experiências apresentadas na Jornada, as crianças têm demonstrado mais disposição para experimentar novos alimentos, especialmente os vegetais. “Meu desafio diário é preparar refeições boas e saudáveis para os nossos alunos. Quando faço um prato e vejo as crianças cheias de alegria, é gratificante demais”, afirma a merendeira.

A secretária de educação, Daniele Márcia, destaca que, no processo de promoção de hábitos alimentares saudáveis, o trabalho das merendeiras envolve não só o preparo, a higienização de áreas físicas e a distribuição da alimentação escolar, mas, sobretudo, juntamente com o nutricionista, elas têm a responsabilidade de dar sabor, aroma e textura aos alimentos, além de compreender todo o processo de produção da refeição e a relevância que o PNAE (Programa Nacional de Alimentação Escolar) tem no dia a dia dos estudantes. 

“Essa ação reforça a política de saúde, alimentar e educacional da gestão municipal, e tem como principal objetivo, conscientizar nossas crianças – desde pequenas, sobre a importância da alimentação saudável. Além disso, também mostramos aos pais como todo nosso sistema educacional está empenhado em colaborar para a qualidade alimentar a fim de garantir um maior rendimento do nosso estudante, afinal, é comprovado que uma criança bem nutrida tende a ter mais atenção e desenvoltura no aprendizado”, afirma. 

 

Merendeira Simone Souza da escola municipal João de Melo Mendonça

 

FONTE: CADAMINUTO

Experiência na alimentação escolar de indígenas são exemplo de participação ativa entre os diferentes atores do PNAE

Manaus – 

Em 2019, a Lei 11.947/09, que define diretrizes da alimentação escolar no Brasil, completa dez anos de promulgação.

Nesse sentido, a atuação do Ministério Público Federal (MPF) no Amazonas tem se mostrado efetiva em benefício da alimentação escolar destinada a indígenas e a povos tradicionais a partir dos trabalhos desenvolvidos pela Comissão de Alimentos Tradicionais dos Povos do Amazonas (Catrapoa), criada em 2016. 

As primeiras reuniões da comissão ocorreram após visita do MPF à terra indígena Yanomami, ocasião em que o órgão verificou dificuldades logísticas no escoamento da produção e em relação ao abastecimento de alimentos nas escolas localizadas em comunidades tradicionais no Amazonas. Esses povos possuem formas tradicionais de conservação dos alimentos, o que não estava sendo respeitado. O MPF constatou que os alimentos que chegavam às comunidades eram inadequados por serem industrializados e, portanto, descontextualizados da cultura desses povos, gerando inúmeros problemas de saúde, como diabetes e pressão alta.

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Aquisição de alimentos beneficia a produção nas próprias aldeias (Foto:Divulgação/Seduc-AM)

De acordo com o procurador da República Fernando Soave, que preside a comissão, o grupo de trabalho conta com a participação ativa de organizações de povos indígenas e, mais recentemente, das populações tradicionais, que têm desempenhado papel importante na articulação, disseminação e implementação da política de alimentação escolar, o que contribui com o empoderamento e a autonomia desses povos e comunidades.

Nesses três anos, a atuação da comissão resultou em significativos avanços junto ao poder público pela melhoria e adequação da alimentação escolar destinada a indígenas e povos tradicionais, com destaque para articulação e integração interinstitucional entre organizações públicas, da sociedade civil e lideranças indígenas de atuação federal, estadual e municipal na formulação, divulgação e implementação de políticas públicas de comercialização, com foco no Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), voltadas à agricultura familiar, em especial, povos indígenas e populações tradicionais;

A expedição da Nota Técnica nº 01/2017 pelo MPF e instituições responsáveis pela fiscalização sanitária no Amazonas (Superintendência Federal de Agricultura e Agência de Defesa Agropecuária no Amazonas), relativa ao autoconsumo no contexto dos povos indígenas, também permitiu a aquisição pelas escolas indígenas de proteína e vegetais processados provenientes das próprias comunidades.

FONTE: D24am Amazonas 

Falar sobre os benefícios dos alimentos auxilia crianças a comerem mais saudável, dizem pesquisadores.

Quem já não ouviu da mãe: “O espinafre vai te deixar mais forte” ou “O abacate vai te dar energia pra brincar mais”?

E ela estava certa! Não só em relação aos benefícios dos alimentos, mas também na forma de incentivar hábitos mais saudáveis. Quem confima isso é um estudo americano publicado há poucos dias no Journal of Nutrition Education and Behavior da Washington State University e Florida State University scientists.

Durante o experimento, os pesquisadores ofereceram alimentos saudáveis ​​para um grupo de crianças de 3 a 5 anos por seis semanas. Antes de começar, as 87 crianças do experimento classificaram o quanto gostaram de quatro alimentos escolhidos de diferentes grupos de alimentos, como pimentões verdes (vegetais), tomates (vegetais), quinoa (grãos) e lentilhas (proteína). Então, duas das comidas que mais gostavam foram oferecidas a elas duas vezes por semana. Ao longo dos testes, os cientistas também apresentaram às crianças um de seus alimentos de baixa classificação com argumentos sobre os benefícios dos alimentos. A outra comida era simplesmente dada a eles para provar, isso tudo dentro da rotina normal das crianças. 

Foram usadas frases que se concentram nas metas que as crianças têm e baseiam-se em informações nutricionais precisas, como:

“Os tomates impedem que você fique doente e são bons para o seu coração!”

“Quinoa faz você correr rápido e pular alto!”

“As lentilhas ajudam-no a aprender e ajudam-no a crescer!”

“Os pimentões impedem que você fique doente e são bons para o coração!”

INCENTIVE EXPLICANDO!

Ao fim dos testes, os pesquisadores chegaram à conclusão de que as declarações afirmativas foram mais eficazes em fazer as crianças comerem alimentos saudáveis ​​do que apenas apresentá-los repetidamente sem conversas. “Descobrimos que, um mês depois, as crianças comeram o dobro da comida que foi apresentada com benefícios em comparação com a sem palavras positivas”, diz Jane Lanigan, professora associada do Departamento de Desenvolvimento Humano da WSU e principal autora do estudo. “Toda criança quer ser maior, mais rápida, capaz de saltar mais alto. Esses argumentos tornam a comida mais atraente”, completa.

Com o tempo, o estudo mostra que o uso destes “incentivos” provavelmente aumentará a quantidade de alimentos saudáveis ​​que as crianças comem. “Eu tenho dois filhos e eu provavelmente poderia ter feito as coisas de forma diferente ao tentar levá-los a comer de forma mais saudável. Queríamos preencher uma lacuna, onde os pais costumam dizer o que os filhos deveriam comer, mas não como fazê-los comer. E isso é realmente importante”, conclui.

Pesquisas anteriores mostram que oferecer alimentos repetidamente aumenta a probabilidade de que as crianças experimentem algo novo. No entanto, segundo Jane, o contexto dessas ofertas nunca foi levado em consideração. 

PALAVRA DE ESPECIALISTA

Para a nutricionista Andreia Friques, presidente da Associação Brasileira de Nutrição Materno Infantil, falar sobre os benefícios dos alimentos é algo que tradicionalmente já acontece nas famílias brasileiras. “A minha percepção como pesquisadora inclusive, é que o estilo de vida moderno está afastando as famílias daquilo que é natural. As crianças americanas, por exemplo, não sabem o conceito da palavra ‘cozinhar’. Estudo mostram que muitas acreditam que isso seja apenas abrir um pacote e colocá-lo no microondas, pois muitas famílias não cozinham mais. E isso, infelizmente, está chegando no nosso país”, explica.

“As famílias não se reúnem mais à mesa. Muitas vezes, os pais subestimam seus filhos, achando que eles não vão entender, mas eles entendem, sim. A criança tem que olhar para o prato, saber os nomes dos alimentos, e os pais precisam explicar que quando se ‘come colorido’, a criança fica mais forte e menos doente. Isso é um processo, leva um tempo, mas quando o psicológico entende, nosso corpo começa a aceitar melhor os alimentos”, completa Andreia. 

DICAS PARA OS PAIS

Segundo a nutricionista, primeiro, os pais precisam entender que, geralmente, até um ano e meio, a criança costuma comer bem. Mas a partir dessa idade, o ritmo de crescimento desacelera, então, a necessidade calórica diminui. “Naturalmente, ela passa a ingerir volumes menores de comida. E é aqui que as famílias se desesperam. Nessa fase, a criança já tem suas preferências. Então, um erro comum é oferecer outros alimentos como biscoitos, bolos e doces, porque os adultos preferem que ela coma algo do que não comer nada ou comer pouco”, alerta. 

Portanto, além de explicar sobre benefícios dos alimentos, os pais podem e devem:

– Não subtituir as refeições do seu filho por “bobagens”, isto é, calorias vazias. Caso contrário, a criança ficará sem apetite. É preferível que ela coma pouco, mas consuma alimentos nutritivos;

– Não ofereça mamadeira muito próximo das refeições e diminua gradativamente a quantidade diária de leite. Segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria, a partir de um ano de idade, a criança deve tomar, no máximo, 600 ml de leite por dia (exceto leite materno, que não tem restrição). Pois, o excesso de proteína aumenta o risco de obesidade;

– Para crianças seletivas – que aceitam somente determinados alimentos -, a dica é começar a oferecer, de forma lenta e gradual, variações desses alimentos: mude texturas, formas de preparo e altere ingredientes;

– Leve a criança à cozinha. Faça com que ela participe do preparo dos alimentos, peça para que arrume a mesa e convide-a para ir à feira, para que ela conheça a variedade, texturas e cheiros dos alimentos;

– Substitua a palavra ‘experimente’ por, por exemplo, ‘vamos ver que gosto tem?’. Quando a criança cria uma cerca resistência ao ouvir a mesma palavra todos os dias, a recusa acontece automaticamente.

E, por fim, faça pelo menos uma refeição à mesa com seu filho. “É possível criar memórias afetivas em torno de uma refeição saudável. Dessa forma, você estará criando na criança uma consciência alimentar que ela vai carregar ao longo da vida. E quando for adulto, provavelmente as comidas saudáveis vão remeter a essas lembranças”, finaliza Andreia.

Fonte: Por Sabrina Ongaratto 

Revista Crescer

O CECANE UFRGS torna público o Edital 03/2019 para seleção de bolsista para ações do PNAE

O Centro Colaborador em Alimentação e Nutrição do Escolar – CECANE UFRGS, sediado na Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (FAMED/UFRGS), está selecionando profissionais, vinculados a cursos de pós-graduação da UFRGS, para trabalhar em ações do Programa Nacional da Alimentação Escolar – PNAE. 

 

Para acessar os requisitos para o preenchimento da vaga e mais informações da seleção, clique no link do edital abaixo: 

 

Edital 03/2019 – Seleção de bolsista

Fonte: REBRAE

A importância da regulamentação da alimentação adequada e saudável nas escolas

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Algumas horas após entrar em vigor, na última segunda-feira (24), o Decreto Estadual 47.557 que estabelece as regras para a promoção da alimentação adequada e saudável nas escolas públicas e privadas de Minas Gerais. foi suspenso pelo governador do estado. De acordo com o governo, a suspensão ocorreu pelo entendimento de que o tema merece uma análise criteriosa pelos técnicos do estado, como análise do impacto social e econômico do decreto, dentre outros aspectos. 

De acordo com o decreto, suspenso por 240 dias, a venda de alimentos com alto teor de calorias, gordura saturada, gordura trans, açúcar livre e sal ou com poucos nutrientes estaria vetada nas escolas de Minas Gerais. A proibição se estendia a serviços próprios da escola ou terceirizados, como cantinas e lanchonetes, e vendedores ambulantes que ficam na porta das escolas. 

Ficaria também proibida a exposição, nas escolas, de materiais publicitários que tenham como objetivo persuadir crianças e adolescentes para o consumo desses produtos, incluindo aqueles que utilizam personagens, apresentadores infantis, desenhos animados, entre outros materiais com apelo a esse público.

Após a suspensão do decreto, restam algumas questões: Quem perde com isso? A quem interessa a permanência dos alimentos ultraprocessados dentro das escolas?  Por que com a suspensão do decreto fica definida a criação de um grupo de trabalho sem a participação efetiva da sociedade civil?

 

Por que essa lei é urgente? 

Se na sala de aula os alunos aprendem sobre os riscos de uma alimentação rica em açúcar e gordura, qual é o sentido de a cantina vender este tipo de alimento, principalmente num contexto onde as compras são feitas pelos próprios alunos, sem a mediação dos responsáveis? O que se come na escola não representa um consumo esporádico, pois crianças e adolescentes passam boa parte do dia dentro do ambiente escolar. 

Se temos índices crescentes de sobrepreso e obesidade infantil no estado, precisamos ter uma postura de enfrentamento desta realidade. Se as crianças consomem em casa alimentos não saudáveis, não significa que a escola tenha que manter o mesmo padrão. 

O ambiente escolar deve ser o espaço da mudança, da transformação, do olhar crítico e do aprendizado constante. A mudança dos hábitos alimentares das famílias depende também do trabalho dentro das escolas, assim como o combate ao sedentarismo e outras ações pela saúde.

 

 

Qual a relação dos vendedores ambulantes com o ambiente escolar?

O entorno da escola é um espaço que tem comunicação muito intensa com os alunos. Se o trânsito é ruim, se há muito barulho, se o ar é poluído, se há muita violência, se não há áreas verdes, a escola também será impactada. E se o entorno só oferece alimentação não saudável, o efeito também será sentido dentro da escola.

Se esse ambiente tem um peso importante para a promoção da alimentação adequada e saudável, como ignorar o comércio? Os vendedores ambulantes sempre estão nas proximidades das escolas, oferecendo balas, pirulitos, chicletes e refrigerantes, o que facilita o acesso a esse tipo de produto. Contudo, o decreto apenas limita as vendas nas portas das escolas, de forma a ser coerente com os limites estabelecidos no ambiente escolar.

No entanto, a questão dos vendedores ambulantes dentro do contexto da promoção da alimentação adequada e saudável vem sendo pensada cuidadosamente por algumas instituições e acompanhadas de perto pela Aliança pela Alimentação Adequada e Saudável – núcleo Minas Gerais.

É preciso pensar, sim, em alternativas para esses trabalhadores, mas abrir mão do decreto é prejudicar a comunidade escolar e as estratégias estaduais de promoção da alimentação e controle da obesidade e do excesso de peso que acometem em torno de 33% das crianças brasileiras.

Por que o decreto mineiro é tão inovador e completo?

Temos muitos motivos para defender o Decreto 47.557: ele não só tem o Guia Alimentar para a População Brasileira como referência, como também fala da necessidade de formação da comunidade escolar com orientações sobre a rotulagem e perfil nutricional dos alimentos e determina que a publicidade deve ficar longe do ambiente escolar.

É um grande avanço reconhecer os impactos da comunicação mercadológica sobre as crianças e os adolescentes e entender que o ambiente escolar é um espaço para a crítica ao consumo, e não para o seu estímulo. 

Em um mundo que facilita cada vez mais o acesso a alimentos ultraprocessados, como refrigerantes, sucos artificiais, doces e salgadinhos, são urgentes todos os esforços para reduzir o consumo desses produtos que contribuem para o aumento da frequência de obesidade e doenças crônicas, como diabetes, hipertensão, doenças do coração e diversos tipos de câncer.

E com o fim do prazo de adaptação e início do “agora é pra valer”, a expectativa era de que as escolas começariam a fazer o que esperamos desde 2004: comercializar apenas alimentos saudáveis, que fazem parte de uma lista específica, definida por um grupo de trabalho. Sairiam os sucos de caixinha, o sanduíche de presunto e os bolinhos industrializados e entrariam os sucos naturais, as frutas e outros alimentos.

Desafios devem ser superados

O desânimo com a suspensão do decreto foi grande, pois a luta por políticas públicas que promovam a alimentação adequada e saudável em Minas Gerais já dura 15 anos. Desde 2004, o estado possui uma lei que dispõe sobre a promoção da educação alimentar e nutricional nas escolas públicas e privadas, mas que esperava por uma regulamentação. 

Foram anos de espera, de muito diálogo com diretores de escolas, com donos de cantinas, com órgãos do governo, muitas rodas de conversa com famílias e movimentos pela infância. Encontramos muitos desafios, mas também muitos diretores, coordenadores, professores e familiares que arregaçaram as mangas para fazer a mudança acontecer, buscando os caminhos para que o refrigerante e os pacotes de salgadinhos não tivessem espaço dentro das escolas. 

Com uma regulamentação bem completa e abrangendo toda a educação básica do estado, Minas Gerais estava sendo considerado um estado referência para todo o país no quesito da promoção da alimentação adequada e saudável no ambiente escolar. 

Reconhecemos as dificuldades do caminho, a questão da preservação do trabalho de diversos vendedores e entendemos que, para além da existência da legislação, temos também outros desafios da implementação.

Os ambulantes podem, e devem, ser aliados na promoção da saúde e da alimentação adequada e saudável. Tanto que ações para que o comércio da porta da escola pudesse ser mais saudável já estavam em curso, inclusive com a participação de diversas organizações da sociedade civil. Além disso, o decreto não impedia o trabalho dos vendedores ambulantes, mas buscava um maior distanciamento da porta da escola. 

Contudo, resta a dúvida sobre quem pode ser contra as ações para promover a alimentação escolar adequada e saudável, livre de interesses comerciais, nas escolas de Minas Gerais. Com a suspensão do decreto, uma questão urgente é adiada. 

Agora, é necessário que as famílias abracem a causa e entendam que toda mudança exige esforço, e que a lei não substitui o papel dos pais, mães e responsáveis. E também não retira a necessidade de diálogo com crianças e jovens.

Sem o esforço coletivo e contínuo das famílias, ativistas, escolas, profissionais de saúde, organizações, movimentos e governos, não vamos conseguir vencer a avalanche de alimentação não saudável e o marketing que existe sobre todos nós. Esperamos cada vez mais cidades e estados unindo esforços pela infância, pela promoção da saúde, pelo combate ao consumo de ultraprocessados, contra a sedução do marketing e a pressão dos grupos ligados à indústria de produtos alimentícios.

 

FONTE: ALIANÇA PELA ALIMETAÇÃO SAUDÁVEL 

SALA DE AULA COM CRIANÇA CELÍACA

A doença celíaca é inflamatória autoimune e sistêmica. O consumo de alimentos que contenham glúten – proteína encontrada no trigo, aveia, cevada e outros é um gatilho para a doença.

Não há tratamento para a mesma, mas uma dieta rigorosa e um cuidado em relação à manipulação dos alimentos, mas não é somente o alimento que dispara no celíaco a doença. A Federação Nacional das Associações dos Celáicos do Brasil criou uma cartilha que auxilia as escolas em relação às crianças celáicas. 

Para acessá-la, clique https://bit.ly/2Y8XjPw