CECANE/UFPI promove encontro e firma parceria para o avanço da agricultura familiar no PNAE

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CECANE/UFPI REALIZA ENCONTROS COM ATORES DO PNAE E ESTABELECE PARCERIAS COM ORGÃOS ESTADUAIS PARA ASSESSORIA AO PROGRAMA

O Centro Colaborador em Alimentação e Nutrição Escolar (CECANE-UFPI) realizou no dia 31 de julho de 2019 oficina com o objetivo de estabelecer parcerias para ampliação e/ou aquisição de produtos da Agricultura Familiar em territórios piauienses, no âmbito do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE). Durante a oficina foi proposto um Plano de Trabalho para a realização de Oficinas Regionais no Estado para o levantamento da demanda da alimentação escolar e da produção da Agricultura Familiar visando a boa execução do PNAE.

O Evento ocorreu na Universidade Federal do Piauí, Departamento de Nutrição, e contou com presença de representações das Entidades Parceiras: Secretaria de Planejamento do Estado do Piauí – SEPLAN, Secretaria de Fazenda do Piauí – SEFAZ-PI, Secretaria de Agricultura Familiar – SEAF, Agência de Defesa Agropecuária do Piauí – ADAPI, Instituto de Assistência Técnica e Extensão rural do Piauí – EMATER, Vigilância Sanitária, Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação – FNDE e equipe do CECANE-UFPI.

 

Na quarta-feira, dia 14 de agosto, o CECANE junto com o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) realizou o I Encontro Regional para Conselheiros de Alimentação Escolar, no departamento de Nutrição da Universidade Federal do Piauí, com o objetivo de orientar os conselheiros de Alimentação Escolar (CAEs), quanto ao exercício da função de fiscalização e acompanhamento da aplicação dos recursos oriundos do FNDE para o PNAE.

O encontro contou com a presença de representantes parceiros: Ministério Público do Estado do Piauí (MPPI), Controladoria Geral da União (CGU), Presidente do Conselho de Alimentação Escolar da SEDUC, Conselho Regional de Nutricionistas da Região Nordeste (CRN6).

Durante a programação foram realizadas palestras que abordaram questões relacionadas à alimentação escolar, como Participação Social na Garantia de Direitos, ministrado pela Professora Norma Sueli Alberto (FIAN/ALIANÇA/GPSSAN); Reflexões sobre o papel do Conselho de Alimentação Escolar (CAE), pela Professora Drª Marize Santos (coordenadora do CECANE); Participação social no PNAE e o processo de prestação de contas, além de oficinas sobre avaliação de cardápios, de elaboração de um plano de ação e regimento interno, desenvolvidas por Fátima Menezes e Maria Júlia Amista ambas representantes do FNDE.  

 

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FONTE: CECANE/UFPI

 

Volta às aulas com alimentação saudável e mais energia!

Com o fim das férias, muitos pais ficam na dúvida de como incluir alimentos saudáveis no lanche escolar dos filhos.

Biscoitos, salgadinhos, doces, suco de caixinha são itens comuns na alimentação das crianças, principalmente, nas refeições na escola. Esses alimentos, aparentemente inofensivos, escondem riscos à saúde dos pequenos. O consumo excessivo pode causar problemas graves, principalmente na ocorrência de Doenças Crônicas Não-Transmissíveis (DCNT), como obesidade, diabetes, hipertensão, câncer e agravos cardiovasculares.

Às vezes, na pressa, pode acontecer de pais ou responsáveis orientarem a criança comprar o lanche na hora do intervalo na cantina da escola, que nem sempre oferece opções saudáveis. Com pequenas mudanças na rotina, é possível seguir uma alimentação equilibrada que refletirá na nutrição da criança e da família.

A Secretaria da Saúde do Estado do Ceará (Sesa) orienta que uma alimentação saudável é importante para o desenvolvimento e crescimento da criança. A pediatra Virna Silva, do Hospital Infantil Alberto Sabian (Hias), unidade da Sesa, chama atenção para os reflexos de uma alimentação inadequada na primeira infância.

“Durante os primeiros anos de vida da criança, uma má alimentação gera aumento de peso, taxas inflamatórias no sangue, inclusive, diabetes e outras doenças. Muitas vezes a criança está com o peso normal, mas em termo de nutrientes não está suprida. Caso não se alimente adequadamente terá deficiência de vitaminas, terá menor concentração, cansaço, alteração do metabolismo, entre outros problemas de saúde”, aponta Virna Silva.

Planejamento do cardápio

“É fundamental uma boa alimentação devido a criança estar numa fase de intenso crescimento, desenvolvimento neurológico e cerebral. Hoje, com o ritmo de trabalho dos pais, se encontra pouco tempo para cuidar da alimentação dos filhos. Em geral acaba-se procurando lanches rápidos e que geralmente são industrializados e ricos em gorduras, conservantes, muito sal, que não fazem bem a saúde, reforça a pediatra.

A orientação é tentar organizar um cardápio equilibrado para as crianças e para toda a família. Um dos incentivos para uma lancheira saudável é os pais realizarem o planejamento semanal das refeições com as crianças. Os adultos devem levar em conta a necessidade de alimentos que sejam fontes de energia, rico em fibras, que aumentam a saciedade da criança, como sanduíches naturais, pães integrais, frutas da estação, entre outros. Rochele Riquet, nutricionista do Centro de Saúde Meireles, unidade da Sesa, também orienta que, no período de volta às aulas, pais e cuidadores priorizem alimentos ricos em fontes de energia, frutas e preparações caseiras. Ela orienta os pais a reduzir o consumo de alimentos ultraprocessados, açucarados e com adição de corantes, como balas, chicletes, salgadinhos e sucos instantâneos ou de caixinhas. 

Alimentos in natura

Além disso, pode-se optar, preferencialmente, por alimentos regionais e produtos básicos, in natura ou minimamente processados. As frutas devem estar entre as principais opções, já que são excelentes fontes de vitaminas e minerais. Os legumes e verduras, também, podem ser adicionados à lancheira escolar de forma divertida com variedade de cores e sabores como tomate, cenoura e beterraba, entre outros, tornando esse processo de escolha divertido para a criança. Prefira frutas, verduras e legumes da estação para compor a lancheira dos pequenos.

Para a bebida, a água não pode faltar, mas também podem entrar na lancheira suco natural da fruta e água de coco, evitando-se o consumo de sucos em pó ou de caixinha, entre outras bebidas ricas em açúcar e aditivos como corantes e conservantes. É importante lembrar que para evitar que os alimentos estraguem deve-se usar uma lancheira e garrafa térmica, que conserve a temperatura adequada no transporte dos alimentos. 

 

 

Sugestões nutritivas na lancheira

Frutas: maçã, banana, laranja, pera, melão, melancia e frutas da estação.
Lanches: pão de queijo, bolo caseiro, milho, sanduíche de patê caseiro, pipoca ou castanhas.
Bebidas: suco natural da fruta, iogurte integral, água de coco.
Pães: pão de forma integral, pão de batata, pãozinho de leite.
Recheios: patê caseiro de frango ou de queijo.
Verduras: alface, rodelas de tomate, repolho roxo picado fininho, cenoura ou beterraba ralada. 

Quantidade adequada de alimentos

A recomendação é que a quantidade de alimentos na lancheira seja apropriada à necessidade da criança com porções adequadas conforme a idade. Além disso, o controle do peso é outra forma eficiente para saber se a quantidade consumida está devida. A variedade de cores e sabores torna o processo de escolha divertido para os pequenos, daí a importância de envolvê-los nessa atividade sugerindo opções saudáveis.

Rochele Riquet destaca inserir as crianças em cada fase, desde o processo de compra, escolha e preparação dos alimentos que levarão na lancheira.”Longe de ser apenas uma obrigação, os lanches precisam também de variedade, e se possível, serem uma diversão para os pequenos. A dica é chamar a criança para ajudar a decidir o que vão comer, elas gostam de participar, e isso também ensina a desenvolver autonomia e a equilibrar sua alimentação“, explica.

A nutricionista orienta ainda que os pais tornem os alimentos divertidos e façam palitinhos de frutas, comprem utensílios como boleadores ou cortadores de pães e usem a criatividade para tornar mais lúdico o momento do lanche.“Produtos ultraprocessados contribuem com uma elevada densidade energética, possuem menor quantidade de fibras, vitaminas e minerais, excesso de gorduras, açúcar e sódio. Eles são prejudiciais à saúde”, destaca. 

 

FONTE: GOVERNO DO CEARÁ

 

Super Merendeira: Dejanira de Souza é a vencedora do reality show

Dejanira de Souza foi a grande vencedora do programa que reuniu as cinco melhores merendeiras do Brasil

O Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), com apoio do Banco do Brasil, entregou nesta segunda-feira, 22, o prêmio de melhor merendeira do país à Dejanira de Souza, que atua na Escola Municipal Nossa Senhora das Candeias da Ilha de Maré, em Salvador. A baiana foi a grande vencedora do reality show Super Merendeiras, promovido pela autarquia em parceria com a TV Escola, e recebeu o Troféu Colher e um cheque de 15 mil reais.

Emocionada, Dejanira destacou a importância do reconhecimento profissional. “Tenho muito orgulho de ser merendeira, e representar todas as minhas colegas é muito prazeroso. Sinto que não ganhei sozinha, foi o meu Nordeste, a minha Bahia”, comemorou a vencedora ao lado de conselheiros da alimentação escolar, estudantes da rede pública de ensino e demais colegas de profissão, no Centro Cultural de Salvador.

Também participaram da entrega a assessora da Coordenação-Geral do Programa Nacional da Alimentação Escolar (PNAE), Sineide Neres; e o gerente geral do Banco do Brasil da agência público de Salvador, Delmindo Luiz Rosa, representando o BB, patrocinador do reality show.

O programa

Criado com o objetivo de valorizar o papel de profissionais que trabalham diariamente em prol da alimentação de qualidade nas escolas públicas do Brasil, o Super Merendeiras reuniu em 2018 as 10 vencedoras das duas primeiras edições do concurso Melhores Receitas da Alimentação Escolar.

Foram 13 episódios comandados pelo ator Eri Johnson e, a cada dia, uma profissional deixava o programa e outra ganhava um prêmio no valor de mil reais. Ao final, a disputa ficou entre Dejanira de Souza e Osmarina Pereira Assini, da Escola estadual vereador Antônio Laurindo, em Goiânia, que vai receber o prêmio de segundo lugar no dia 31 de julho.

 

Fonte:  FNDE

IFPE-Campus Caruaru fornece alimentação escolar direto de Assentamento

Entre os anos de 2017 e 2018, o  o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Pernambuco (IFPE)  com o apoio do Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA), visitou o Assentamento Normandia, do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). A visita foi composta por um grupo multiprofissional: nutricionistas , coordenadora de Extensão Rural, coordenadora da Assistência ao Estudante  e a diretora do Campus Caruaru . Em reunião realizada com agricultores e com as mulheres boleiras do assentamento, o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) foi pauta da discussão sobre a possibilidade do recurso disponível do IFPE ser utilizado para o assentamento.

No mês seguinte, a equipe do IFPE acompanhou a produção de bolos e pães pelas Mulheres Boleiras de Normandia, apesar da resistência das Mulheres boleiras, que alegavam que muito além da produção e do retorno econômico, o momento que se encontravam era para dialogar, trocar dicas de beleza e se empoderarem. A experiência de acompanhar a produção e atividades delas no assentamento foi exitosa e participativa, inclusive com momentos de confraternização.

 

Em 2018, o recurso do PNAE do Campus Caruaru/IFPE começou a ser destinado e utilizado em sua totalidade com os produtos do assentamento: frutas, pães e bolos fazem parte do cardápio e os estudantes estão bastante satisfeitos com essa novidade. Como o Campus fica a poucos quilômetros do assentamento e a instituição não possui refeitório  nem local pra armazenamento, o fornecimento é mais prático fazendo com que todos os produtos sejam entregues no dia de consumo.

 

Além das atividades de Educação Alimentar e Nutricional realizadas junto aos estudantes, a política colabora e impulsiona os professores a trabalharem com a temática em sala de aula. O fornecimento de uma alimentação adequada e de qualidade é benéfica para os estudados e aos Agricultores Familiares, sendo essencial projetos e empenho dos gestores para que a alimentação escolar seja oferecida com eficiência e conectada com os elos do sistema alimentar.

 

FONTE: REBRAE

1º Encontro Crescer Saudável promove integração entre profissionais da educação e da saúde de nove municípios gaúchos da 1ª e 2ª CRS

No dia 6 de novembro ocorreu, em Porto Alegre, o 1º Encontro Crescer Saudável: saúde e educação unidas promovendo hábitos saudáveis no ambiente escolar. O encontro foi promovido pela 1ª Coordenadoria Regional de Saúde (CRS), em parceria com o Centro Colaborador em Alimentação e Nutrição do Escolar da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (CECANE UFRGS) e contou com o apoio da área técnica de Saúde Nutricional da Secretaria Municipal de Saúde de Porto Alegre (SMS/POA).

O objetivo de Encontro foi proporcionar um momento de integração entre profissionais da educação e da saúde dos nove municípios prioritários do Programa Crescer Saudável, pertencentes à 1ª e 2ª CRS, sendo eles: Alvorada, Campo Bom, Canoas, Gravataí, Guaíba, Porto Alegre, São Leopoldo, Taquara e Viamão, a fim de discutir sobre a saúde dos escolares e a promoção de hábitos saudáveis no âmbito escolar.

 

Assim, participaram do encontro representantes das secretarias de saúde e educação dos nove  municípios, bem como coordenadores e assessores pedagógicos, diretores e vice-diretores, professores, nutricionistas, membros do CAE, merendeiras, técnicos em nutrição e em saúde bucal, agentes comunitários de saúde, enfermeiros, psicólogos, dentistas, residentes e estudantes, reunindo cerca de 160 participantes.

 

Após a abertura do evento, realizada pela fala nutricionista Ana Romero, Coordenadora Regional da Política Alimentação e Nutrição (PAN) da 1ª região, os participantes assistiram a versão resumida do vídeo “Muito Além do Peso” (2012), seguido de uma mesa redonda composta pela psicóloga Tania Beatriz Marques,  nutricionista Cíntia Costa e  dentista Annicele Gameiro. O debate em torno da saúde dos escolares foi muito rico, onde as profissionais trouxeram muitas contribuições das suas áreas de atuação.

 

A psicóloga Tânia iniciou a mesa tratando sobre a ambivalência de afeto e alimento, a necessidade de trabalhar mudanças de hábitos com a família e o desafio de lidar com o fato de muitas vezes a informação não ser suficiente para levar a uma mudança de comportamento. A nutricionista Cíntia deu continuidade ao debate trazendo dados relevantes sobre a Avaliação Nutricional de crianças de 0 a 6 anos da capital gaúcha e suas experiências no município, falando sobre os projetos “Amamentar é Tri: garantindo o direito à alimentação saudável desde pequenininho” e “Até dois, doce não”. Cíntia também abordou sobre a importância de empoderar os pais com informações e sobre a nova rotulagem de alimentos. Já a dentista Annicele enriqueceu a mesa com a sua realidade como ondotopediatra, abordando a importância da conscientização através de informações inter-relacionadas entre dieta e saúde bocal, esclarecendo os malefícios sobre o excesso de ingestão de açúcar, formação de cáries, periodontites e ocorrência de diabetes.

 

Após o debate, o painel “Políticas Públicas para a promoção da alimentação saudável na escola: PNAE; PSE; Crescer saudável”, conduzido pelas nutricionistas Ana Luiza Scarparo e Ana Luisa Lovato, contextualizou as políticas públicas para a promoção da saúde e da alimentação saudável no ambiente escolar.

 

A manhã de debates ainda contou com as falas “Educação Alimentar e Nutricional no ambiente escolar: avanços, desafios e possibilidades”, com Ana Luiza Scarparo e  “Comer, brincar e crescer saudável”, com Tânia Beatriz Marques.

 

A tarde do Encontro contou com as apresentações dos relatos de experiência dos Municípios do Grupo de Trabalho do Crescer Saudável, contribuindo para a sensibilização e motivação para a promoção da saúde e da alimentação saudável de todos presentes. Os Relatos de experiência foram:

 

 

    • Guaíba: Experiências no Programa Saúde na Escola (PSE): produzindo saúde com a escola;

 

    • Bento Gonçalves: Promoção da alimentação saudável na escola, com foco nos manipuladores de alimentos e a experiência da merendeira Daniela na alimentação escolar, no concurso Melhores Receitas da Alimentação Escolar e no Programa Super Merendeiras, onde Daniela emocionou os ouvintes falando de suas escolhas, experiências e vivências como merendeira. Daniela também sensibilizou a todos com o seu relato sobre a viagem à Republica Dominicana (uma das premiações do concurso), falando sobre outras realidades e experiências no contexto da alimentação escolar.

 

    • Taquara: Educação Alimentar e Nutricional através da música e Plantas alimentícias não convencionais (PANC) na alimentação escolar: desafio para introdução e trabalho com professores com PANC como ferramenta pedagógica;

 

    • Campo Bom: Experiências do setor de nutrição das secretarias de educação e saúde, na promoção de bons hábitos alimentares em escolares;

 

    • Viamão:  PANC no contexto escolar, EMEF Guerreiro Lima;

 

    • Canoas: Hábitos Alimentares Saudáveis na Escola, EMEI Profª Terezinha S. Tergolina;

 

    • Gravataí: Construção do PSE no município;

 

    • Alvorada: 1º concurso lanche saudável na escola;

 

    • Porto Alegre: Pequenas Grandes Ações na Educação Infantil, EMEI Maria Marques Fernandes.

 

 

No final do Encontro ainda houve sorteio de materiais disponibilizados pela equipe do CECANE UFRGS.

 

Além da troca e integração durante o encontro, uma equipe composta por um representante de cada município, encontra-se mensalmente afim de elaborar o planejamento do Programa de Educação Permanente para promoção da alimentação saudável no ambiente escolar, onde os esforços entre secretarias possam ser unificados em relação a vigilância alimentar e nutricional dos escolares no combate ao sobrepeso e obesidade infantil.

 

Sem dúvidas o evento foi um sucesso e irá gerar frutos para a realização de ações para o enfrentamento da obesidade a curto, médio e longo prazo.

 

Confira algumas fotos do evento:

Fonte: REBRAE

Escolas municipais de Piraí do Sul/PR realizam jornada de educação alimentar e nutricional

Pelo menos uma geração inteira de crianças cresceu bombardeada por propagandas desde que o deputado federal Luiz Carlos Hauly (PSDB-PR) apresentou, em 2001, projeto de lei que pede a regulamentação da publicidade infantil no país. Em trâmite na Câmara dos Deputados desde então, o PL 5921/2001, volta a ser discutido e pode ir a votação.

A medida atende a uma demanda história da sociedade civil. O Brasil ainda não tem uma lei específica para tratar do assunto, que é visto tanto por empresas do setor de alimentos e brinquedos quanto de propagandas como uma espécie de censura. Um argumento controverso.

 

Muitos países possuem regras para exibição de publicidade direcionada a crianças, seja restringindo faixas horárias, seja proibindo-a totalmente ou colocando limites de tempo. Vinte e três outras nações, como Argentina, Canadá, Colômbia, Espanha, Estados Unidos, França, Portugal e Uruguai, têm leis para tanto sem que se fale nos termos de censura.

 

Por aqui, a proposta de Hauly fundamenta-se no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e no Código de Defesa do Consumidor para reconhecer que a propaganda infantil pode ter efeitos danosos. O mercado gosta de usar crianças como porta de entrada fácil para empurrar produtos às famílias. É dessa forma que alimentos relacionados ao desenvolvimento de obesidade, por exemplo, ganham o espaço que deveria ser destinado a frutas e verduras.

 

“O projeto nasceu porque em 2001, meu filho à época com 11 anos, não parava de me pedir as novidades anunciadas na televisão. Decidi promover o debate sobre o tema, apresentando o projeto proibindo a publicidade destinada ao público infantil”, afirmou Luiz Carlos Hauly à reportagem do Joio.

 

Após idas e vindas entre as comissões da Câmara, o texto chegou a uma versão final que diz que é “proibida a publicidade destinada a promover a venda de produtos infantis, assim considerados aqueles destinados apenas às crianças”.

 

As modificações feitas nestes 17 anos deram alguma maturidade à discussão e o projeto é visto por entidades da sociedade civil como um dos mais importantes para defesa dos direitos da criança e do adolescente contra eventuais abusos dos meios de comunicação.Instituo Alana, que desde 1994 busca promover a garantia ao desenvolvimento integral de crianças e adolescentes, recomenda a aprovação do PL, dentre as iniciativas que acompanha.

 

A versão final está pronta para votação em plenário desde 2016. A equipe de reportagem visitou o Congresso Nacional, em Brasília (DF), e conversou com assessores parlamentares que informaram que o presidente do Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), pretende votar projetos relacionados à infância na ocasião.

 

“Este projeto de lei não foi ainda aprovado porque, na essência, atinge diretamente o interesse das empresas fabricantes de brinquedos infantis e do mercado publicitário, que têm nas crianças um grande filão consumidor”, afirma Hauly. Ele diz que espera o apoio de ativistas e organizações da sociedade para a votação.

 

“Acredito que a participação da sociedade neste momento é de fundamental importância para que seja aprovado pela Câmara dos Deputados. Após as eleições, ainda teremos dois meses de funcionamento do Congresso Nacional e não podemos desistir em nenhum momento de tornar este projeto em realidade.”

 

O PL 5921/2001 é um dentre vários que tramitam no Legislativo federal. O Instituto Alana monitora propostas que valem a atenção. Em especial, outras duas iniciativas são interessantes a esta altura do campeonato.

 

De autoria do deputado Carlos Bezerra (MDB/MT), o PL 1637/2007 cria regras sobre a publicidade de alimentos de baixo teor nutricional, com altos índices de açúcar, gorduras e sódio.

 

Já o PDC 1460/2014, de autoria de Milton Monti (PR/SP), vai na contramão. Pretende suspender uma resolução do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente, ligado à Presidência da República, que regulamenta propagandas direcionadas ao público infantil.

 

Fonte: O JOIO E O TRIGO

 

Imagem em destaque: Instituto Alana

 

Rotulagem de alimentos é tema de atividades da Semana Mundial da Alimentação em Porto Alegre

Em meio às comemorações e reflexões da Semana Mundial da Alimentação, Porto Alegre contou com algumas atividades de destaque sobre rotulagem de alimentos, entre elas, uma voltada à comunidade em geral e outra direcionada aos profissionais da área da saúde.

O Centro Colaborador em Alimentação e Nutrição do Escolar (CECANE/UFRGS) participou da Feira Ecológica do Bom Fim (FEBF) de Porto Alegre no último sábado, dia 20 de outubro, com a oficina visual “Alerta à Rotulagem: o que vai dentro dos alimentos ultraprocessados?”, juntamente com o Centro de Empreendimentos em Alimentação e Nutrição (CEANUT /UFRGS) e o Programa de Extensão e Pesquisa em Saúde Urbana, Ambiente e Desigualdades da UFRGS.

  

O evento aconteceu na Banca da Acolhida, um espaço livre destinado à comunicação da feira ecológica com a sociedade, localizada próxima à esquina entre as ruas José Bonifácio e Vieira de Castro. Com o objetivo de conscientizar a população sobre o consumo e a composição de alimentos ultraprocessados, foram expostos rótulos de alimentos industrializados junto a embalagens com as respectivas quantidades de açúcar, gordura e sal presentes nesses alimentos. Durante a atividade, a equipe explicou ao público que circulava na feira como ler e interpretar os rótulos e quais cuidados ter na escolha dos alimentos, despertando um olhar crítico para as alegações comercias.

  

A oficina foi uma estratégia de sensibilização a respeito da campanha para a adoção da nova rotulagem de alimentos proposta pela Aliança pela Alimentação Adequada e Saudável e pelo Instituto de Defesa do Consumidor (IDEC), que contará com uma consulta pública ofertada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) a partir do mês de novembro através do site http://alimentacaosaudavel.org.br/direitodesaber/.

   

Já o Telessaúde-RS/UFRGS realizou uma webpalestra, a qual faz parte de uma série de ações da campanha gaúcha para a nova rotulagem nutricional de alimentos, articulada pelo Núcleo Interdisciplinar de Prevenção de Doenças Crônicas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). No primeiro vídeo da série, a nutricionista e professora do curso de Nutrição da universidade, Raquel Canuto, representando uma frente criada no RS pela Nova Rotulagem (CRN, HCPA, AGAN-RS e UFRGS), esclarece mais sobre a pauta da rotulagem para tornar possível um maior engajamento e participação da população e dos profissionais da área da saúde.

(O vídeo tem início aos 7:13)

https://youtu.be/czF08XU7o2A

Fonte: CECANE/UFRGS e Telessaúde-RS/UFRGS.

 

Projeto da Sociobiodiversidade realiza testes de Adesão e aceitabilidade em escolas no município de Mostardas (RS)

O curso EAD “Alimentação Saudável na Escola” tem como objetivo proporcionar conhecimento e atualização sobre a promoção da alimentação saudável no ambiente escolar e sensibilizar profissionais e estudantes de diferentes regiões brasileiras, tanto na área de Nutrição (Nutricionistas) e de Educação (Diretores, Coordenadores Pedagógicos, Professores), assim como demais interessados dentro e fora da comunidade escolar, para o desenvolvimento de ações de educação alimentar e nutricional.

Justificativas para a temática do curso: os índices crescentes de sobrepeso, obesidade e doenças associadas à má alimentação da população, principalmente em crianças e adolescentes; a infância como fase em que os hábitos alimentares estão sendo formados; a função pedagógica da alimentação escolar; as recomendações nutricionais para aprimorar a qualidade da alimentação ofertada no ambiente escolar; a escola ser reconhecida como um espaço propício para a formação de hábitos alimentares saudáveis; a necessidade de sensibilizar os envolvidos com a alimentação escolar para o desenvolvimento de ações de educação alimentar e nutricional, etc.

 

Este curso é uma parceria Centro Colaborador de Alimentação e Nutrição do Escolar – CECANE/UFRGS e Secretaria de Educação a Distância – SEAD/UFGRS. Não há pré-requisitos para acessar o curso, oferecendo assim a oportunidade de ampliar conhecimentos de um grande número de pessoas e possibilitar o acesso de profissionais de diferentes regiões brasileiras.

 

Seja bem vindo (a) e aproveite!

Alimentação Escolar e presença dos CECANEs tiveram destaque no III AgUrb

A III Conferência Internacional Agricultura e Alimentação em uma Sociedade Urbanizada (AgUrb), realizada entre os dias 17 a 21 de setembro de 2018, em Porto Alegre/RS  teve como tema \”Alimentação saudável, sociobiodiversidade e sistemas agroalimentares sustentáveis: inovações do consumo à produção” e reuniu mais de 1.000 participantes vindos de 30 países e de diversas áreas de atuação: acadêmicos, professores, pesquisadores, agricultores, produtores pecuários, ativistas, representantes de povos tradicionais, representantes de organizações sociais, público/estatais e privadas. Foram cinco dias intensos em atividades como painéis, simpósios, grupos de trabalho, relatos de experiências, saídas de campo e atividades culturais. A semana oportunizou reflexões e trocas de ideias enriquecedoras entre os participantes acerca das questões alimentares em um mundo cuja população é cada vez mais urbana.

 

O Programa Nacional de Nutrição e Alimentação Escolar apareceu nas discussões como protagonista indiscutível da promoção da Política Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, transformador e imprescindível para garantir a segurança alimentar nas escolas e o apoio e sustento aos diversos agricultores familiares de mercados de cadeias curtas, através da valorização da economia local no Brasil. Ainda, como referência em outros países, continua inspirando programas internacionais de alimentação escolar e o diálogo entre os sujeitos envolvidos.

 

A Alimentação Escolar foi assunto frequente nos painéis expostos e simpósios mediados por convidados(as) especialistas, e em mais de trinta trabalhos aprovados e apresentados em Grupos de Trabalhos (GT) e Grupos Gestores (GG) para Relatos de Experiência no IIIAgUrb, tendo ainda um GT específico para tratar “Compras institucionais de alimentos e programas de alimentação escolar: análise de seus benefícios, desafios e oportunidades”, que contou com a coordenação de Luana F. J. Swensson – Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (Itália), Luciana Dias de Oliveira – Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Brasil), Danny Hunter – ONG Biodiversidade Internacional e Universidade de Sydney (Austrália), Armando Fornazier – Universidade de Brasília (Brasil), Rogério Robs Fanti Raimundo – Instituto Federal de Ciências e Tecnologia da Educação do Sul de Minas Gerais (Brasil) e Regismeire Viana Lima – Universidade Federal do Amazonas (Brasil).

 

\r\nEntre os artigos científicos e relatos de experiências do III AgUrb, esteve presente o debate sobre marco legal do PNAE, aprendizados e caminhos percorridos no programa, inclusão da compra de alimentos da agricultura familiar, seus desafios e oportunidades, entraves e potencialidades, dinâmicas produtivas locais, diferenças regionais em sua execução, o desenvolvimento local associado ao PNAE, práticas agroecológicas e compra de alimentos orgânicos, qualidade nutricional dos cardápios, hortas escolares, promoção da alimentação saudável, agricultura tradicional e luta pela permanência na terra, povos indígenas e cultura quilombola, escolas sustentáveis, presença de ingredientes geneticamente modificados, compras institucionais, diversidade produtiva e experiências de outros países.

 

\r\nA presença dos Centros Colaboradores em Alimentação e Nutrição do Escolar (CECANEs) das diversas regiões do Brasil também teve destaque. Os CECANEs são unidades de referência e apoio constituídas, no âmbito das Instituições Federais de Ensino Superior – IFES, para desenvolver ações de interesse e necessidade do PNAE, com estrutura e equipe para execução das atividades nas áreas prioritárias e nas formas de atuação definidas pelo FNDE.\r\nDentre os trabalhos apresentados pelos CECANEs, podemos destacar:

 

 

    • Comercialização de alimentos da agricultura familiar para a alimentação escolar em municípios goianos – Thais Marques, Giovanna Oliveira, Cintia Leite, Karine Martins

 

    • Do(a) agricultor(a) familiar à escola: os entraves e potencialidades na comercialização da agricultura familiar para a alimentação escolar em municípios goianos – Maria Irene Barbosa, Thaís Marques, Bruna Santana, Veruska Alexandre

 

    • A atuação do centro colaborador em alimentação e nutrição do escolar da Universidade Federal de Goiás no contexto da agricultura familiar – Giovanna Angela Leonel Oliveira, Tainá Amélia Santana Marchewicz, Maria Irene de Castro Barbosa, Karine Anusca Martins

 

    • As diferenças regionais da agricultura familiar na execução do Programa Nacional de Alimentação Escolar – Geórgia Alencar, Claudia Fialho, Renata Moreira

 

    • Sistema Referencial de Preços PNAE Sul de Minas Gerais – Rogério Robs Fanti Raimundo, Camila Guedes Codonho, Aloisia Rodrigues Hirata, Luiz Carlos Dias da Rocha

 

    • A comparação entre a diversidade produtiva da agricultura familiar e a demanda da alimentação escolar – Tayrine Pereira Brito, Rogério Robs Fanti Raimundo, Lívia Oliveira Galvão, Luiz Carlos Dias da Rocha\r\nAções do CECANE-UFPI na assessoria, monitoramento e formação de atores do programa nacional de alimentação escolar – Marize Melo dos Santos, Cecília Maria Resende Gonçalves de Carvalho, Elizabete Maciel de Sousa Cardoso, Maria Devany Pereira

 

    • Ações do centro colaborador em alimentação e nutrição do escolar do rio grande do sul para fortalecimento da agricultura familiar no programa nacional de alimentação escolar – Ana Luiza Sander Scarparo, Amália Leonel Nascimento, Eliziane Nicolodi Francesato Ruiz, Luciana Dias de Oliveira

 

    • Desafios na compra da agricultura familiar para o mercado institucional da alimentação escolar: uma análise a partir das Entidades Executoras – José Tobias Machado, Gabriela Bratkowski, Daiane Lanferdini, Vanuska Lima da Silva

 

    • A execução do programa nacional de alimentação escolar nos municípios do Rio Grande do Sul: um relato de experiência dos avanços e desafios – Gabriela Rodrigues Bratkowski, José Tobias Marks Machado, Danielle Lodi Silva, Mariana Klein Moreira

 

    • A Rede Brasileira de Alimentação Escolar como ferramenta interativa dos atores do PNAE – Amália Leonel Nascimento, Constance Oderich, Ana Luiza Sander Scarparo, Luciana Dias de Oliveira

 

    • Formação conjunta de profissionais da nutrição e da educação para o planejamento de ações de educação alimentar e nutricional com foco na promoção da alimentação saudável no ambiente escolar – Ana Luiza Sander Scarparo, Tania Beatriz Iwaszko Marques, Maurem Ramos, Luciana Dias de Oliveira

 

 

\”A Conferência mostrou que pesquisadores, ativistas, produtores, agricultores, pescadores e extensionistas podem trabalhar em conjunto para criarem novos conhecimentos e proporem novas ideais, visando uma abordagem sistêmica da alimentação. Nos próximos anos, teremos muitas questões de pesquisa e objetivos estratégicos a perseguir em nossos países”, resumiu Brunori ao final da cerimônia. Os trabalhos apresentados serão publicados nos Anais do evento juntamente com a Carta de Intenções, que incluirá: abordagem sistêmica da alimentação; sociobiodiversidade; responsabilidade; e políticas alimentares e parcerias multissetoriais.

Fonte: III AgUrb e Rebrae

Município de Cachoeiro/ES estuda melhorias no processo de compra de produtos da agricultura familiar

Ontem, dia 03 de julho, foi aprovado, por unanimidade, o Projeto de Lei nº 23 /2016 que dispõe sobre a promoção da alimentação saudável e proíbe a comercialização de produtos que colaborem para a obesidade, diabetes, hipertensão, em cantinas e similares instalados em escolas públicas e privadas do Estado do Rio Grande do Sul.

Conforme o Art. 4º, passa a ser proibido a comercialização dos produtos no ambiente das escolas de educação infantil, de ensino fundamental e médio das redes pública e privada de ensino:

 

I – balas, pirulitos, gomas de mascar, biscoitos recheados;

II – refrigerantes e sucos artificiais;

III – salgadinhos industrializados;

IV – frituras em geral;

V – pipoca industrializada;

VI – bebidas alcoólicas;

VII – alimentos industrializados cujo percentual de calorias provenientes de gordura saturada

ultrapasse 10% (dez por cento) das calorias totais;

VIII – alimentos em cuja preparação seja utilizada gordura vegetal hidrogenada;

IX – alimentos industrializados com alto teor de sódio.\r\n\r\n

 

Essa normatização da alimentação em escolas tem o objetivo de prevenir e controlar a obesidade infantil e doenças crônicas não-transmissíveis.

 Atualmente, a obesidade pode ser considerada o principal problema de saúde infantil nas nações desenvolvidas e avança também nos outros países. O Rio Grande do Sul é o estado com a maior prevalência de sobrepeso e obesidade em crianças e adolescentes. Entre as crianças de 5 a 10 anos, o sobrepeso é de 19,65% e em adolescentes atinge 21,51%. Já a obesidade atinge 17,39% das crianças e, 12,65% dos adolescentes gaúchos (SISVAN 2015). Dados alarmantes tendo em vista que a obesidade infantil é um fator de alto risco para a obesidade entre os adultos, pois setenta a oitenta por cento dos adolescentes obesos tornar-se-ão adultos obesos.

Através da proibição da comercialização desses produtos nocivos à saúde, o projeto de lei busca levar as escolas a oferecerem produtos mais saudáveis, como  frutas, sucos e sanduíches naturais. Assim, busca-se que as crianças recriem seus hábitos alimentares e influenciem positivamente os pais em casa.

 

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Para se tornar lei, o projeto ainda precisa ser sancionado pelo governador do Rio Grande do Sul.

 

Fonte: Site da Assembleia Legislativa do Estado do Rio Grande do Sul