InformaNutri nº 1/2020 – Aviso Importante
Informa Nutri nº1 2020 – Nota Explicativa
CECANE UFPI – Processo Seletivo
Processo Seletivo para Apoio Técnico, Acadêmico e Operacional no fomento da Agricultura Familiar para o Programa Nacional de Alimentação Escolar – PNAE
Para maiores informações, acesse aqui
Lista das escolas que completaram a Jornada de Educação Alimentar e Nutricional 2019 já está disponível
O Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) divulgou, nesta quinta-feira, 12, a lista das 413 escolas que finalizaram a Jornada de Educação Alimentar e Nutricional (EAN) 2019. A jornada surgiu como um instrumento para contribuir com a conscientização de escolhas alimentares mais saudáveis para os estudantes.
Para ter acesso à lista e ao conteúdo desta reportagem, acesse https://bit.ly/2YWvTO0
Fonte: FNDE
Chamada pública da agricultura familiar na prefeitura de São Paulo
Está aberta na Prefeitura de São Paulo, Chamada Pública para aquisição de feijão carioca da agricultura familiar no âmbito do PNAE (Art. 14 da Lei Federal 11.947/2009). Para maiores informações, acessse https://bit.ly/34uf5PA
Processo Seletivo – Produção de Conteúdos para Massive Open Online Courses
Roda de conversa sobre sociobiodiversidade em escolas nos estados do RS e do RN
Aconteceu no dia 21 de novembro, na Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, a Roda de conversa e apresentação de resultados preliminares das pesquisas realizadas no Rio Grande do Sul (RS) e no Rio Grande do Norte (RN), vinculados ao projeto do CNPq “Alimentação adequada e saudável no contexto da alimentação escolar: difusão do consumo de produtos da sociobiodiversidade regional”, coordenado pela professora Luciana Dias de Oliveira e executados pelos Centros Colaboradores em Alimentação e Nutrição do Escolar, CECANE, e pesquisadoras colaboradoras.
As pesquisas realizadas no estado do RN, Merenda Tropicana eu quero teu sabor: aceitabilidade de preparações com alimentos da sociobiodiversidade do Rio Grande do Norte, e no estado do RS com as comunidades Quilombolas e produtos da sociobiodiversidade no munícipio de Mostardas/RS, foram as temáticas discutidas durante o encontro om a presença das coordenadoras do CECANE/UFRGS e colaboradoras da pesquisa no RS, Luciana Dias Oliveiras, Vanuska Lima e Eliziane Ruiz, junto com os alunos Agnes Kopper, Arthur Moysés, Josiane do Santos e Vanessa Hendler, e a professora colaboradora do CECANE/UFRN, Larissa Mont’Alverne Jucá Seabra, representando a pesquisa realizada no estado junto com as demais participantes, Renata Alexandra Neves, Liana Bacurau Pinheiro (UFRN), Sânkia Silva Saraiva (CECANE/RN) e a aluna Deborah Marinho.
O encontro entre os dois estados e projetos se dá através da promoção da Sociobiodiversidade e a sua inclusão no ambiente escolar. A consolidação de uma alimentação saudável dentro das escolas conecta saberes e práticas locais/regionais do contexto territorial em que se encontram. Por isso, os alimentos da sociobiodiversidade também fortalecem as comunidades locais, os povos tradicionais e os agricultores familiares que transferem conhecimentos populares e por vez ofertam os alimentos produzidos para o Programa Nacional de Alimentação Escolar.
Dentro dos objetivos e atividades realizadas por ambas as pesquisas, no âmbito do projeto em comum, foram desevolvidas preparações a base de alimentos da sociobiodiversidade dos locais escolhidos, assim como a territorialização na região, como envolvimento com a comunidade, troca de saberes e contextualização da realidade prática em que as escolas, agricultores e povos tradicionais se encontravam no momento, inclusive a capacidade produtiva dos alimentos escolhidos para o trabalho. Posteriormente foram feitas as pesquisas de adesão e aceitabilidade de preparações nas escolas públicas nos dois estados, RS e RN. Assim, também foram realizadas atividades de extensão a partir de oficinas de preparação com os alimentos da sociobiodiversidade, com as manipuladoras, nutricionistas do PNAE e comunidade local.
No estado do RS, no munícipio de Mostardas, a presença de alimentos quilombolas locais foram muito sobressaltados, o que fortaleceu a escolha dos mesmos para a pesquisa, o Milho catete e o feijão sopinha. Como dados preliminares, houve forte adesão das preparações bolo de milho catete e feijão sopinha como preparação completa, caldo e feijão. No estado do RN, na região do Agreste e Leste Potiguar, os alimentos escolhidos partiram do forte relato das comunidades, sendo o Umbu uma das frutas nativas mais citadas entre as conversas entre as pesquisadoras e a comunidade. Assim junto com a castanha de caju, as preparações escolhidas e com maior aceitabilidade foram a Vitamina de Umbu, a Umbuzada, e o bolo de castanha de caju.
Em relação aos desafios, um entrave parecido apareceu nas pesquisas. No caso do munícipio de Mostardas, as duas cultivares de milho e feijão não têm demanda o suficiente para que os agricultores possam estar ofertando para o PNAE, em alguns relatos pode se perceber que a valorização começa com quem vem de fora do local, pois a população da região, de forma mais geral, desconhece essa cultura tão valiosa. Não distante desse quadro, no RN, a pesquisadora Larissa trouxe fortes relatos sobre como se pode adquirir as castanhas de caju, que precisam chegar por produtores maiores, devido a baixa densidade produzida por uma planta, o que as vezes o pequeno agricultor não alcança, geralmente por falta de garantias em relação a demanda.
Reconhecendo o envolvimento das crianças, o contato com o novo por vezes, ou com a valorização de alimentos já conhecidos, é de grande importância o desenvolvimento das pesquisas para que os desafios encontrados possam ter suporte e visibilidade para serem superados. Além disso, mais uma vez a extensão e a pesquisa ressaltam que a alimentação escolar perpassa as instalações da escola e conecta a economia local e solidária, através das produções da agricultura familiar e povos tradicionais, o que amplia a visão sobre o impacto social e economico que a política pública propicia através de todos os seus atores.
A Sociobiodiversidade, além do reconhecimento popular em ascensão, através das universidades e dos agentes diários quem mantém suas culturas vivas em cada comunidade do país, é amparada por lei desde a menção a importância da inclusão dos alimentos da sociobiodiversidade na Resolução/CD/FNDE nº 26, de 17 de junho de 2013 e institui a lista das espécies ambrangidas na PORTARIA INTERMINISTERIAL Nº 284, DE 30 DE MAIO DE 2018.
Fonte: REBRAE