Escolas municipais de Santa Cruz do Sul terão uma alimentação escolar ainda mais saudável

Com a finalidade de adquirir produtos orgânicos a prefeitura do município de Santa Cruz do Sul firmou contrato com uma cooperativa ecológica de certificação orgânica para compor o cardápio da alimentação escolar, a Ecovale. No mês de julho ocorreu a primeira entrega de frutas e hortaliças e a partir deste momento, boa parte das frutas, vegetais e legumes consumidos pelos alunos que compõem as escolas da rede municipal estarão totalmente livres de agrotóxicos.

O município conta com 47 escolas da rede municipal e ao todo são distribuídos cerca de 29 mil pratos diariamente, totalizando 5,8 milhões de refeições ao longo do ano letivo. A nutricionista da Secretaria de Educação Elizabeth Rodrigues destaca que uma alimentação saborosa e nutritiva ajuda a melhorar o rendimento escolar, sendo também a fase escolar a melhor época da vida para promover hábitos alimentares saudáveis. A merenda escolar também contribui para o desenvolvimento físico e cognitivo dos educandos.

Como resultado desta ação espera-se validar as leis federais que incentivam a compra de alimentos da agricultura familiar, sendo que 30% dos alimentos para a alimentação escolar devem ser adquiridos diretamente da agricultura familiar, com prioridade aos gêneros alimentícios orgânicos e/ou agroecológicos.

Projeto de Segurança Alimentar e Nutricional no PNAE em Mostardas

A equipe de pesquisadores do CECANE UFRGS apresentou, em reunião junto à Secretaria Municipal de Educação do Município de Mostardas, a EMATER local e os fornecedores da agricultura familiar local, representados pela COOPTRAM e o Sindicato dos Trabalhadores Rurais, o projeto que foi desenvolvido em Mostardas juntamente com a Universidade do Rio Grande do Norte e seus resultados, o qual avaliou a inserção de alimentos da sociobiodiversidade na alimentação escolar do município.

O projeto apresentado intitula-se: Alimentação adequada e saudável no contexto da alimentação escolar: difusão do consumo de produtos da Sociobiodiversidade regional. Este projeto teve como objetivo difundir práticas de alimentação saudável em escolas e o desenvolvimento local/regional por meio da inclusão de alimentos da sociobiodiversidade provenientes da agricultura de povos e comunidades tradicionais.

Os alimentos avaliados no Rio Grande do Sul, no município de Mostardas, foram feijão sopinha e farinha de milho catete produzidos localmente, com as preparações de feijão sopinha e bolo de milho catete. Entre as atividades realizadas no projeto, destaca-se o teste de aceitabilidade aplicado nas duas preparações citadas.

Conforme os testes aplicados, os resultados em relação a aceitação do feijão sopinha foi superior a 80% (gostei/adorei) e o bolo de milho catete foi superior a 95% (gostei/adorei).

Estes resultados demonstram a potencialidade de inserção destes alimentos na Alimentação Escolar.

A partir dos dados encontrados e, considerando as diversas possibilidade de alimentos oriundos da agricultura familiar e da sociobiodiversidade da região, foi proposto a continuidade do projeto na inserção de atividade de extensão da Universidade sob o título: Segurança Alimentar e Nutricional no contexto da realidade social: Saberes e Sabores. O objetivo é desenvolver, através da pesquisa de alimentos da sociobiodiversidade, estratégias para promover a segurança alimentar e nutricional no contexto comunitário. E dessa forma, contemplar, na medida da possibilidade de produção, além dos alimentos já testados (feijão sopinha e farinha de milho catete), uma variedade de alimentos e preparações a partir deles, como: mandioca figueira, arroz quilombola, feijão miúdo, banana do mato, araruta, ananás, entre outros.

Após as preparações já desenvolvidas e testadas, planeja-se a confecção de um e-book (livro em suporte eletrônico para a distribuição via internet) contendo as receitas elaboradas. Há a previsão de oficinas para a formação de manipuladores de alimentos que atuam na rede municipal de Mostardas, assim como análise de composição química e rotulagem dos alimentos em questão.

 

Nova resolução do PNAE: Da manutenção a ascensão na aquisição de produtos oriundos da agricultura familiar no município de Vera Cruz.

A relevante e necessária mudança trazida pela Resolução n° 6 de 8 de maio de 2020, no âmbito do Programa Nacional de Alimentação Escolar – PNAE, traz o desafio e a necessidade da manutenção da compra da agricultura familiar pelas entidades executoras (municípios e estado),  assim como como oportuniza a aquisição de novos produtos da agricultura local. Considerando as alterações da Resolução FNDE nº06/2020, o município de Vera Cruz buscou atender as indicações, adequando os cardápios aos produtos já existentes na Agricultura Familiar, promovendo ainda inovações, baseadas no potencial das agroindústrias do município, a fim de contribuir para seu fomento.
Através de uma reunião com os agricultores locais, a Secretaria Municipal de Educação, sob organização da nutricionista responsável técnica, Caroline Ortolan, delineou de forma conjunta, estratégias e direcionamentos, a fim de manter a compra da agricultura familiar do município e ampliar a aquisição, com a introdução de novos produtos, mediante chamada pública: Aumento da frequência de entrega de mercadorias da agricultura familiar para semanal, por meio de contratação de transporte terceirizado; Ampliação e fomento da variedade de alimentos in natura e minimamente processados; Determinação de como alimento regional doce o mel, melado e schimier já existentes na agricultura familiar local, retirando preparações doces do cardápio sem essa influência; Ampliação da oferta de refeições nas escolas em período parcial para duas refeições, a fim de contemplar a máxima permissão de panificados nos cardápios, além do direcionamento das agroindústrias de panificados com inovações como elaboração de produtos sem adição de açúcar (bolo integral de frutas, pizzas e pães) e diferenciados para contemplação da alimentação de crianças com necessidade alimentar especial (alérgicos, intolerantes, diabéticos e fenilcetonúricos); Direcionamento da agroindústria de massa, ampliação na venda, com a elaboração de massa de panqueca congelada sabor tradicional, cenoura e espinafre; Inserção da seleta de legumes processada, para elaboração de preparação salgada com mais praticidade; Substituição do extrato de tomate industrial adquirido via licitação por molho de tomate; Direcionamento das agroindústrias de doces e rapadura para a elaboração de geleia de fruta sem açúcar e pasta de amendoim respectivamente, para acompanhamento do pão nas refeições oferecidas; Substituição do embutido “mortadela” adquirido via licitação, por linguiça suína; Inserção de noz pecã processada em acompanhamento com as frutas para ampliação do aporte nutricional; Ampliação de sabores de suco, com aquisição de polpa de fruta congelada e sucos pasteurizados; Substituição parcial de óleo de soja adquirido via licitação por banha suína, respeitando os limites de gordura saturada trazidos pela nova resolução.
Como resultado dessas ações, o município de Vera Cruz atingiu o uso de 100% do recurso Federal com aquisição de alimentos oriundos da agricultura familiar local, além da complementação com recursos próprios do município; Inserção de mais de 20 novos produtos nos últimos dois anos, no âmbito do PNAE. Atualmente, o Município de Vera Cruz – RS, ocupa a 7° colocação no Estado em municípios com o maior número de agroindústrias: Aumento de 85,71% em menos de 10 anos.

OFICINA CULINÁRIA UTILIZANDO O BUTIÁ NO CONTEXTO DA ALIMENTAÇÃO ESCOLAR: relato de experiência do município de Encruzilhada do Sul/RS

Organização: nutricionistas Clarissa Vrobleski Bicca (Responsável Técnica) e Analie
Nunes Couto (Quadro Técnico) do município de Encruzilhada do Sul/RS.
Elaboração do texto: relato elaborado pela nutricionista Analie Nunes Couto.
Contato: analiecouto@hotmail.com

Com a finalidade de inserir o consumo de butiá – fruta nativa da Região Sul do país e
comum no município de Encruzilhada do Sul – na alimentação de alunos das escolas
municipais, no dia 11 de maio de 2022 foi realizada uma oficina culinária com as
funcionárias responsáveis pela preparação da alimentação dos escolares. A oficina foi
realizada em um Centro de Tradições Gaúchas (CTG) de Encruzilhada do Sul e
comandada pelo projeto Rota dos Butiazais, da Embrapa Clima Temperado, que busca
valorizar os butiazeiros, utilizando a fruta no preparo de pratos culinários e bebidas. O
projeto age no fortalecimento da cadeia produtiva do butiá associada à recuperação da
vegetação nativa do Bioma Pampa. Além do nosso município, outros 57 compõem a Rota
dos Butiazais.
O butiá é um fruto rico em vitamina C, potássio, carotenoides e outros antioxidantes,
nutrientes importantes no desenvolvimento dos escolares. A oficina contemplou as
seguintes etapas: planejamento da oficina, execução da oficina e degustação das
preparações, e teve início a partir de uma roda de conversa para apresentar as ações do
projeto Rota dos Butiazais, orientações sobre a composição nutricional da fruta e a
utilização em preparações na prática culinária cotidiana, possibilitando a troca de saberes,
seguida pela execução das preparações culinárias e degustação. Durante a oficina, foram
preparadas as seguintes receitas: galinhada com butiá, maionese de butiá e, como
sobremesa-surpresa, um flan de butiá, pelas chefs de cozinha do projeto. Participaram da
atividade 13 mulheres. Na roda de conversa, observou-se grande interesse e troca de
saberes entre as participantes, assim como o resgate de memórias culinárias afetivas. As
preparações tiveram boa aceitação e observou-se o desejo em reproduzi-las nas escolas,
segundo a recomendação do Programa de Alimentação do Escolar.
A oficina culinária pode ser uma importante ferramenta para articular a comunidade
escolar, fomentando e promovendo não só a educação alimentar e nutricional, mas
principalmente a inclusão produtiva desta fruta para a alimentação saudável.

1º Encontro Crescer Saudável promove integração entre profissionais da educação e da saúde de nove municípios gaúchos da 1ª e 2ª CRS

No dia 6 de novembro ocorreu, em Porto Alegre, o 1º Encontro Crescer Saudável: saúde e educação unidas promovendo hábitos saudáveis no ambiente escolar. O encontro foi promovido pela 1ª Coordenadoria Regional de Saúde (CRS), em parceria com o Centro Colaborador em Alimentação e Nutrição do Escolar da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (CECANE UFRGS) e contou com o apoio da área técnica de Saúde Nutricional da Secretaria Municipal de Saúde de Porto Alegre (SMS/POA).

O objetivo de Encontro foi proporcionar um momento de integração entre profissionais da educação e da saúde dos nove municípios prioritários do Programa Crescer Saudável, pertencentes à 1ª e 2ª CRS, sendo eles: Alvorada, Campo Bom, Canoas, Gravataí, Guaíba, Porto Alegre, São Leopoldo, Taquara e Viamão, a fim de discutir sobre a saúde dos escolares e a promoção de hábitos saudáveis no âmbito escolar.

Assim, participaram do encontro representantes das secretarias de saúde e educação dos nove  municípios, bem como coordenadores e assessores pedagógicos, diretores e vice-diretores, professores, nutricionistas, membros do CAE, merendeiras, técnicos em nutrição e em saúde bucal, agentes comunitários de saúde, enfermeiros, psicólogos, dentistas, residentes e estudantes, reunindo cerca de 160 participantes.

Após a abertura do evento, realizada pela fala nutricionista Ana Romero, Coordenadora Regional da Política Alimentação e Nutrição (PAN) da 1ª região, os participantes assistiram a versão resumida do vídeo “Muito Além do Peso” (2012), seguido de uma mesa redonda composta pela psicóloga Tania Beatriz Marques,  nutricionista Cíntia Costa e  dentista Annicele Gameiro. O debate em torno da saúde dos escolares foi muito rico, onde as profissionais trouxeram muitas contribuições das suas áreas de atuação.

A psicóloga Tânia iniciou a mesa tratando sobre a ambivalência de afeto e alimento, a necessidade de trabalhar mudanças de hábitos com a família e o desafio de lidar com o fato de muitas vezes a informação não ser suficiente para levar a uma mudança de comportamento. A nutricionista Cíntia deu continuidade ao debate trazendo dados relevantes sobre a Avaliação Nutricional de crianças de 0 a 6 anos da capital gaúcha e suas experiências no município, falando sobre os projetos “Amamentar é Tri: garantindo o direito à alimentação saudável desde pequenininho” e “Até dois, doce não”. Cíntia também abordou sobre a importância de empoderar os pais com informações e sobre a nova rotulagem de alimentos. Já a dentista Annicele enriqueceu a mesa com a sua realidade como ondotopediatra, abordando a importância da conscientização através de informações inter-relacionadas entre dieta e saúde bocal, esclarecendo os malefícios sobre o excesso de ingestão de açúcar, formação de cáries, periodontites e ocorrência de diabetes.

Após o debate, o painel “Políticas Públicas para a promoção da alimentação saudável na escola: PNAE; PSE; Crescer saudável”, conduzido pelas nutricionistas Ana Luiza Scarparo e Ana Luisa Lovato, contextualizou as políticas públicas para a promoção da saúde e da alimentação saudável no ambiente escolar.

A manhã de debates ainda contou com as falas “Educação Alimentar e Nutricional no ambiente escolar: avanços, desafios e possibilidades”, com Ana Luiza Scarparo e  “Comer, brincar e crescer saudável”, com Tânia Beatriz Marques.

A tarde do Encontro contou com as apresentações dos relatos de experiência dos Municípios do Grupo de Trabalho do Crescer Saudável, contribuindo para a sensibilização e motivação para a promoção da saúde e da alimentação saudável de todos presentes. Os Relatos de experiência foram:

    • Guaíba: Experiências no Programa Saúde na Escola (PSE): produzindo saúde com a escola;

    • Bento Gonçalves: Promoção da alimentação saudável na escola, com foco nos manipuladores de alimentos e a experiência da merendeira Daniela na alimentação escolar, no concurso Melhores Receitas da Alimentação Escolar e no Programa Super Merendeiras, onde Daniela emocionou os ouvintes falando de suas escolhas, experiências e vivências como merendeira. Daniela também sensibilizou a todos com o seu relato sobre a viagem à Republica Dominicana (uma das premiações do concurso), falando sobre outras realidades e experiências no contexto da alimentação escolar.

    • Taquara: Educação Alimentar e Nutricional através da música e Plantas alimentícias não convencionais (PANC) na alimentação escolar: desafio para introdução e trabalho com professores com PANC como ferramenta pedagógica;

    • Campo Bom: Experiências do setor de nutrição das secretarias de educação e saúde, na promoção de bons hábitos alimentares em escolares;

    • Viamão:  PANC no contexto escolar, EMEF Guerreiro Lima;

    • Canoas: Hábitos Alimentares Saudáveis na Escola, EMEI Profª Terezinha S. Tergolina;

    • Gravataí: Construção do PSE no município;

    • Alvorada: 1º concurso lanche saudável na escola;

    • Porto Alegre: Pequenas Grandes Ações na Educação Infantil, EMEI Maria Marques Fernandes.

No final do Encontro ainda houve sorteio de materiais disponibilizados pela equipe do CECANE UFRGS.

Além da troca e integração durante o encontro, uma equipe composta por um representante de cada município, encontra-se mensalmente afim de elaborar o planejamento do Programa de Educação Permanente para promoção da alimentação saudável no ambiente escolar, onde os esforços entre secretarias possam ser unificados em relação a vigilância alimentar e nutricional dos escolares no combate ao sobrepeso e obesidade infantil.

Sem dúvidas o evento foi um sucesso e irá gerar frutos para a realização de ações para o enfrentamento da obesidade a curto, médio e longo prazo.

Confira algumas fotos do evento:

Fonte: REBRAE

Curso EAD Alimentação Saudável na Escola

curso EAD “Alimentação Saudável na Escola” tem como objetivo proporcionar conhecimento e atualização sobre a promoção da alimentação saudável no ambiente escolar e sensibilizar profissionais e estudantes de diferentes regiões brasileiras, tanto na área de Nutrição (Nutricionistas) e de Educação (Diretores, Coordenadores Pedagógicos, Professores), assim como demais interessados dentro e fora da comunidade escolar, para o desenvolvimento de ações de educação alimentar e nutricional.

Justificativas para a temática do curso: os índices crescentes de sobrepeso, obesidade e doenças associadas à má alimentação da população, principalmente em crianças e adolescentes; a infância como fase em que os hábitos alimentares estão sendo formados; a função pedagógica da alimentação escolar; as recomendações nutricionais para aprimorar a qualidade da alimentação ofertada no ambiente escolar; a escola ser reconhecida como um espaço propício para a formação de hábitos alimentares saudáveis; a necessidade de sensibilizar os envolvidos com a alimentação escolar para o desenvolvimento de ações de educação alimentar e nutricional, etc.

Este curso é uma parceria Centro Colaborador de Alimentação e Nutrição do Escolar – CECANE/UFRGS e Secretaria de Educação a Distância – SEAD/UFGRS. Não há pré-requisitos para acessar o curso, oferecendo assim a oportunidade de ampliar conhecimentos de um grande número de pessoas e possibilitar o acesso de profissionais de diferentes regiões brasileiras.

Seja bem vindo (a) e aproveite!

Município de Cachoeiro/ES estuda melhorias no processo de compra de produtos da agricultura familiar

Ontem, dia 03 de julho, foi aprovado, por unanimidade, o Projeto de Lei nº 23 /2016 que dispõe sobre a promoção da alimentação saudável e proíbe a comercialização de produtos que colaborem para a obesidade, diabetes, hipertensão, em cantinas e similares instalados em escolas públicas e privadas do Estado do Rio Grande do Sul.

Conforme o Art. 4º, passa a ser proibido a comercialização dos produtos no ambiente das escolas de educação infantil, de ensino fundamental e médio das redes pública e privada de ensino:

 

I – balas, pirulitos, gomas de mascar, biscoitos recheados;

II – refrigerantes e sucos artificiais;

III – salgadinhos industrializados;

IV – frituras em geral;

V – pipoca industrializada;

VI – bebidas alcoólicas;

VII – alimentos industrializados cujo percentual de calorias provenientes de gordura saturada

ultrapasse 10% (dez por cento) das calorias totais;

VIII – alimentos em cuja preparação seja utilizada gordura vegetal hidrogenada;

IX – alimentos industrializados com alto teor de sódio.\r\n\r\n

Essa normatização da alimentação em escolas tem o objetivo de prevenir e controlar a obesidade infantil e doenças crônicas não-transmissíveis.

 Atualmente, a obesidade pode ser considerada o principal problema de saúde infantil nas nações desenvolvidas e avança também nos outros países. O Rio Grande do Sul é o estado com a maior prevalência de sobrepeso e obesidade em crianças e adolescentes. Entre as crianças de 5 a 10 anos, o sobrepeso é de 19,65% e em adolescentes atinge 21,51%. Já a obesidade atinge 17,39% das crianças e, 12,65% dos adolescentes gaúchos (SISVAN 2015). Dados alarmantes tendo em vista que a obesidade infantil é um fator de alto risco para a obesidade entre os adultos, pois setenta a oitenta por cento dos adolescentes obesos tornar-se-ão adultos obesos.

Através da proibição da comercialização desses produtos nocivos à saúde, o projeto de lei busca levar as escolas a oferecerem produtos mais saudáveis, como  frutas, sucos e sanduíches naturais. Assim, busca-se que as crianças recriem seus hábitos alimentares e influenciem positivamente os pais em casa.

Clique aqui para acessar o texto completo da Proposição

Para se tornar lei, o projeto ainda precisa ser sancionado pelo governador do Rio Grande do Sul.

Fonte: Site da Assembleia Legislativa do Estado do Rio Grande do Sul

CECANE UFRN realiza monitoramento e assessoria à entidade executora de Alexandria e forma atores sociais do PNAE

As agentes do PNAE do CECANE/UFRN Neide Maria Ferreira da Rocha (nutricionista) e Joana Barbosa da Silva (contadora) realizaram a Assessoria na secretaria municiapal de educação, na prefeitura municipal e nas escolas da zona urbana e rural de Alexandria. Participaram das atividades os seguintes atores sociais do município: a secretária de educação, a nutricionista, membros do CAE, funcionários do setor de licitação e financeiro, entre outros atores como diretores de escola, professores, merendeiras e funcionários vinculados a secretaria de educação.

No último dia de Assessoria, foi realizada a “Formação dos Atores do PNAE”, no qual houve representação de 23 atores incluindo membros do CAE, nutricionista e funcionários da educação dos municípios de Alexandria, Antônio Martins, João Dias, Marcelino Vieira e Tenente Ananias.

A ação foi proveitosa e pôde contribuir para um melhor entendimento do programa no município, além de propocionar aos atores envolvidos maior conhecimento sobre a correta execução do PNAE.

Fonte: CECANE UFRN

PNAE em tempos de covid-19: relato de caso do município Fernandes Pinheiro/PR

Ações relacionadas à educação alimentar e nutricional durante a pandemia de covid-19: relato de caso do município de Fernandes Pinheiro/PR

Relato de experiência por Mauricila de Campos França, nutricionista do município de Fernandes Pinheiro – Paraná.

Contato: maurinutri@gmail.com

A prefeitura municipal de Fernandes Pinheiro – Paraná, através do setor de nutrição da Secretaria municipal de educação, iniciou o envio de atividades de Educação Alimentar e Nutricional (EAN), no mês de junho, para alunos das escolas municipais, com o objetivo de facilitar o acesso das famílias aos conhecimentos sobre uma alimentação adequada e saudável, possibilitando assim maior autonomia nas escolhas alimentares familiares. Inicialmente foram enviados dois folders às familias: Você é o que você come e 10 passos para uma alimentação adequada e saudável.

Como nutricionista, destaco que, nesse momento ímpar em que estamos vivendo, a nutrição tem papel fundamental e é de suma importância que todos os profissionais nutricionistas, como agentes colaboradoes na melhoria do bem-estar da população, trabalhem para que sejam enviados kits de alimentos de maneira universal, e haja continuidade em atividades de orientação nutricional às famílias.

Folder 1

PNAE em tempos de covid-19: relato de caso do município de Montenegro/RS

Ações relacionadas à alimentação escolar durante a pandemia de covid-19: relato de caso do município de Montenegro/RS

Relato de experiência por Patricia Teresinha Wille, nutricionista do município de Montenegro.

Contato: smec.merenda@montenegro.rs.gov.br

Em tempos de pandemia é necessário executar diversas ações para enfrentamento da problemática, sendo que a suspensão das aulas presenciais nas instituições de ensino foi uma das principais providências tomadas para evitar a propagação do coronavírus. No entanto, a interrupção das aulas promove a descontinuação da alimentação fornecida nas escolas, afetando diretamente o direito à alimentação dos escolares da rede pública de ensino previsto na legislação do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE).

Nessa perspectiva, em consonância com as diretrizes do PNAE e de Segurança Alimentar e Nutricional (SAN) e a partir da alteração da legislação do PNAE que “permite durante o período de suspensão das aulas em razão de situação de emergência ou calamidade pública, a distribuição de gêneros alimentícios adquiridos com recursos do Programa Nacional de Alimentação Escolar aos pais ou responsáveis dos estudantes das escolas públicas de educação básica”, a equipe do Setor de Nutrição e Alimentação Escolar (SNAE) (coordenado por três nutricionistas – Caroline Silveira, Lenara Johann e Patricia Wille- e composta por dois operários, um motorista, um auxiliar administrativo e um auxiliar de serviços escolares) do município de Montenegro/RS promoveu a distribuição de cestas básicas/kits de alimentos. Os alunos contemplados com os kits foram elencados pelas equipes diretivas de cada escola, priorizando as famílias em situação de vulnerabilidade social e com maiores dificuldades em acessar alimentos de qualidade, uma vez que muitos alunos realizam a principal refeição do dia na escola.

 Em um primeiro momento, no início do mês de abril, foi executada a montagem e distribuição de cestas básicas contendo produtos armazenados no estoque central e nas escolas do município, a fim de evitar perdas devido ao prazo de validade (feijão, flocos de milho, farinha, arroz, frutas etc.). Já em meados de abril e maio as ações passaram a priorizar gêneros alimentícios oriundos da agricultura familiar. Sabe-se que atual panorama promove ameaças à agricultura familiar local, visto que no município havia uma estimativa de utilização de cerca de 70% dos recursos do PNAE oriundos do âmbito federal ao longo do ano de 2020 com aquisição de gêneros alimentícios da agricultura familiar. Com as aulas interrompidas, os agricultores contemplados na chamada pública do município possuem comprometimento em seu orçamento e renda, além de implicações na perda de produtos que já haviam sido cultivados para atender os cronogramas de entrega de alimentos às escolas. Os kits com alimentos da agricultura familiar contemplam produtos que estavam programados nos cardápios da alimentação escolar planejados pelas nutricionistas do município, como: vegetais da safra (laranja, limão, maracujá, couve, brócolis, cenoura, batata, aipim, tomate, alface, espinafre etc.), ovos, pão de aipim, biscoito caseiro, bolinho de milho, geleia de bergamota, leite em pó, entre outros produtos. Até o momento foram distribuídos cerca de 600 kits para as famílias dos alunos. Vale salientar que a continuidade da distribuição desses alimentos será mantida enquanto as aulas presenciais das escolas da rede pública municipal se mantiverem suspensas.

As ações contam com o apoio do controle social da alimentação escolar municipal, dos gestores municipais e principalmente da equipe técnica da alimentação escolar, uma vez que há compreensão de que iniciativas como essa promovem a SAN e garantia ao Direito Humano à Alimentação Adequada e Saudável dos escolares por meio de uma alimentação adequada e saudável, priorizando alimentos frescos, in natura e minimamente processados, com respeito à cultura e hábitos alimentares locais, além da dinamização da economia local por meio dos agricultores familiares e com circuitos curtos de comercialização. Além disso, juntamente com os kits foi entregue um fôlder com orientações sobre higienização de alimentos em tempos de covid-19. Cabe salientar que a operacionalização (montagem, entrega etc.) das cestas de gêneros alimentícios seguiu todos os cuidados para evitar a transmissão de coronavírus.