CECANE/UFPI promove encontro e firma parceria para o avanço da agricultura familiar no PNAE

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CECANE/UFPI REALIZA ENCONTROS COM ATORES DO PNAE E ESTABELECE PARCERIAS COM ORGÃOS ESTADUAIS PARA ASSESSORIA AO PROGRAMA

O Centro Colaborador em Alimentação e Nutrição Escolar (CECANE-UFPI) realizou no dia 31 de julho de 2019 oficina com o objetivo de estabelecer parcerias para ampliação e/ou aquisição de produtos da Agricultura Familiar em territórios piauienses, no âmbito do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE). Durante a oficina foi proposto um Plano de Trabalho para a realização de Oficinas Regionais no Estado para o levantamento da demanda da alimentação escolar e da produção da Agricultura Familiar visando a boa execução do PNAE.

O Evento ocorreu na Universidade Federal do Piauí, Departamento de Nutrição, e contou com presença de representações das Entidades Parceiras: Secretaria de Planejamento do Estado do Piauí – SEPLAN, Secretaria de Fazenda do Piauí – SEFAZ-PI, Secretaria de Agricultura Familiar – SEAF, Agência de Defesa Agropecuária do Piauí – ADAPI, Instituto de Assistência Técnica e Extensão rural do Piauí – EMATER, Vigilância Sanitária, Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação – FNDE e equipe do CECANE-UFPI.

 

Na quarta-feira, dia 14 de agosto, o CECANE junto com o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) realizou o I Encontro Regional para Conselheiros de Alimentação Escolar, no departamento de Nutrição da Universidade Federal do Piauí, com o objetivo de orientar os conselheiros de Alimentação Escolar (CAEs), quanto ao exercício da função de fiscalização e acompanhamento da aplicação dos recursos oriundos do FNDE para o PNAE.

O encontro contou com a presença de representantes parceiros: Ministério Público do Estado do Piauí (MPPI), Controladoria Geral da União (CGU), Presidente do Conselho de Alimentação Escolar da SEDUC, Conselho Regional de Nutricionistas da Região Nordeste (CRN6).

Durante a programação foram realizadas palestras que abordaram questões relacionadas à alimentação escolar, como Participação Social na Garantia de Direitos, ministrado pela Professora Norma Sueli Alberto (FIAN/ALIANÇA/GPSSAN); Reflexões sobre o papel do Conselho de Alimentação Escolar (CAE), pela Professora Drª Marize Santos (coordenadora do CECANE); Participação social no PNAE e o processo de prestação de contas, além de oficinas sobre avaliação de cardápios, de elaboração de um plano de ação e regimento interno, desenvolvidas por Fátima Menezes e Maria Júlia Amista ambas representantes do FNDE.  

 

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FONTE: CECANE/UFPI

 

Volta às aulas com alimentação saudável e mais energia!

Com o fim das férias, muitos pais ficam na dúvida de como incluir alimentos saudáveis no lanche escolar dos filhos.

Biscoitos, salgadinhos, doces, suco de caixinha são itens comuns na alimentação das crianças, principalmente, nas refeições na escola. Esses alimentos, aparentemente inofensivos, escondem riscos à saúde dos pequenos. O consumo excessivo pode causar problemas graves, principalmente na ocorrência de Doenças Crônicas Não-Transmissíveis (DCNT), como obesidade, diabetes, hipertensão, câncer e agravos cardiovasculares.

Às vezes, na pressa, pode acontecer de pais ou responsáveis orientarem a criança comprar o lanche na hora do intervalo na cantina da escola, que nem sempre oferece opções saudáveis. Com pequenas mudanças na rotina, é possível seguir uma alimentação equilibrada que refletirá na nutrição da criança e da família.

A Secretaria da Saúde do Estado do Ceará (Sesa) orienta que uma alimentação saudável é importante para o desenvolvimento e crescimento da criança. A pediatra Virna Silva, do Hospital Infantil Alberto Sabian (Hias), unidade da Sesa, chama atenção para os reflexos de uma alimentação inadequada na primeira infância.

“Durante os primeiros anos de vida da criança, uma má alimentação gera aumento de peso, taxas inflamatórias no sangue, inclusive, diabetes e outras doenças. Muitas vezes a criança está com o peso normal, mas em termo de nutrientes não está suprida. Caso não se alimente adequadamente terá deficiência de vitaminas, terá menor concentração, cansaço, alteração do metabolismo, entre outros problemas de saúde”, aponta Virna Silva.

Planejamento do cardápio

“É fundamental uma boa alimentação devido a criança estar numa fase de intenso crescimento, desenvolvimento neurológico e cerebral. Hoje, com o ritmo de trabalho dos pais, se encontra pouco tempo para cuidar da alimentação dos filhos. Em geral acaba-se procurando lanches rápidos e que geralmente são industrializados e ricos em gorduras, conservantes, muito sal, que não fazem bem a saúde, reforça a pediatra.

A orientação é tentar organizar um cardápio equilibrado para as crianças e para toda a família. Um dos incentivos para uma lancheira saudável é os pais realizarem o planejamento semanal das refeições com as crianças. Os adultos devem levar em conta a necessidade de alimentos que sejam fontes de energia, rico em fibras, que aumentam a saciedade da criança, como sanduíches naturais, pães integrais, frutas da estação, entre outros. Rochele Riquet, nutricionista do Centro de Saúde Meireles, unidade da Sesa, também orienta que, no período de volta às aulas, pais e cuidadores priorizem alimentos ricos em fontes de energia, frutas e preparações caseiras. Ela orienta os pais a reduzir o consumo de alimentos ultraprocessados, açucarados e com adição de corantes, como balas, chicletes, salgadinhos e sucos instantâneos ou de caixinhas. 

Alimentos in natura

Além disso, pode-se optar, preferencialmente, por alimentos regionais e produtos básicos, in natura ou minimamente processados. As frutas devem estar entre as principais opções, já que são excelentes fontes de vitaminas e minerais. Os legumes e verduras, também, podem ser adicionados à lancheira escolar de forma divertida com variedade de cores e sabores como tomate, cenoura e beterraba, entre outros, tornando esse processo de escolha divertido para a criança. Prefira frutas, verduras e legumes da estação para compor a lancheira dos pequenos.

Para a bebida, a água não pode faltar, mas também podem entrar na lancheira suco natural da fruta e água de coco, evitando-se o consumo de sucos em pó ou de caixinha, entre outras bebidas ricas em açúcar e aditivos como corantes e conservantes. É importante lembrar que para evitar que os alimentos estraguem deve-se usar uma lancheira e garrafa térmica, que conserve a temperatura adequada no transporte dos alimentos. 

 

 

Sugestões nutritivas na lancheira

Frutas: maçã, banana, laranja, pera, melão, melancia e frutas da estação.
Lanches: pão de queijo, bolo caseiro, milho, sanduíche de patê caseiro, pipoca ou castanhas.
Bebidas: suco natural da fruta, iogurte integral, água de coco.
Pães: pão de forma integral, pão de batata, pãozinho de leite.
Recheios: patê caseiro de frango ou de queijo.
Verduras: alface, rodelas de tomate, repolho roxo picado fininho, cenoura ou beterraba ralada. 

Quantidade adequada de alimentos

A recomendação é que a quantidade de alimentos na lancheira seja apropriada à necessidade da criança com porções adequadas conforme a idade. Além disso, o controle do peso é outra forma eficiente para saber se a quantidade consumida está devida. A variedade de cores e sabores torna o processo de escolha divertido para os pequenos, daí a importância de envolvê-los nessa atividade sugerindo opções saudáveis.

Rochele Riquet destaca inserir as crianças em cada fase, desde o processo de compra, escolha e preparação dos alimentos que levarão na lancheira.”Longe de ser apenas uma obrigação, os lanches precisam também de variedade, e se possível, serem uma diversão para os pequenos. A dica é chamar a criança para ajudar a decidir o que vão comer, elas gostam de participar, e isso também ensina a desenvolver autonomia e a equilibrar sua alimentação“, explica.

A nutricionista orienta ainda que os pais tornem os alimentos divertidos e façam palitinhos de frutas, comprem utensílios como boleadores ou cortadores de pães e usem a criatividade para tornar mais lúdico o momento do lanche.“Produtos ultraprocessados contribuem com uma elevada densidade energética, possuem menor quantidade de fibras, vitaminas e minerais, excesso de gorduras, açúcar e sódio. Eles são prejudiciais à saúde”, destaca. 

 

FONTE: GOVERNO DO CEARÁ

 

Super Merendeira: Dejanira de Souza é a vencedora do reality show

Dejanira de Souza foi a grande vencedora do programa que reuniu as cinco melhores merendeiras do Brasil

O Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), com apoio do Banco do Brasil, entregou nesta segunda-feira, 22, o prêmio de melhor merendeira do país à Dejanira de Souza, que atua na Escola Municipal Nossa Senhora das Candeias da Ilha de Maré, em Salvador. A baiana foi a grande vencedora do reality show Super Merendeiras, promovido pela autarquia em parceria com a TV Escola, e recebeu o Troféu Colher e um cheque de 15 mil reais.

Emocionada, Dejanira destacou a importância do reconhecimento profissional. “Tenho muito orgulho de ser merendeira, e representar todas as minhas colegas é muito prazeroso. Sinto que não ganhei sozinha, foi o meu Nordeste, a minha Bahia”, comemorou a vencedora ao lado de conselheiros da alimentação escolar, estudantes da rede pública de ensino e demais colegas de profissão, no Centro Cultural de Salvador.

Também participaram da entrega a assessora da Coordenação-Geral do Programa Nacional da Alimentação Escolar (PNAE), Sineide Neres; e o gerente geral do Banco do Brasil da agência público de Salvador, Delmindo Luiz Rosa, representando o BB, patrocinador do reality show.

O programa

Criado com o objetivo de valorizar o papel de profissionais que trabalham diariamente em prol da alimentação de qualidade nas escolas públicas do Brasil, o Super Merendeiras reuniu em 2018 as 10 vencedoras das duas primeiras edições do concurso Melhores Receitas da Alimentação Escolar.

Foram 13 episódios comandados pelo ator Eri Johnson e, a cada dia, uma profissional deixava o programa e outra ganhava um prêmio no valor de mil reais. Ao final, a disputa ficou entre Dejanira de Souza e Osmarina Pereira Assini, da Escola estadual vereador Antônio Laurindo, em Goiânia, que vai receber o prêmio de segundo lugar no dia 31 de julho.

 

Fonte:  FNDE

Escolas municipais de Piraí do Sul/PR realizam jornada de educação alimentar e nutricional

Pelo menos uma geração inteira de crianças cresceu bombardeada por propagandas desde que o deputado federal Luiz Carlos Hauly (PSDB-PR) apresentou, em 2001, projeto de lei que pede a regulamentação da publicidade infantil no país. Em trâmite na Câmara dos Deputados desde então, o PL 5921/2001, volta a ser discutido e pode ir a votação.

A medida atende a uma demanda história da sociedade civil. O Brasil ainda não tem uma lei específica para tratar do assunto, que é visto tanto por empresas do setor de alimentos e brinquedos quanto de propagandas como uma espécie de censura. Um argumento controverso.

 

Muitos países possuem regras para exibição de publicidade direcionada a crianças, seja restringindo faixas horárias, seja proibindo-a totalmente ou colocando limites de tempo. Vinte e três outras nações, como Argentina, Canadá, Colômbia, Espanha, Estados Unidos, França, Portugal e Uruguai, têm leis para tanto sem que se fale nos termos de censura.

 

Por aqui, a proposta de Hauly fundamenta-se no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e no Código de Defesa do Consumidor para reconhecer que a propaganda infantil pode ter efeitos danosos. O mercado gosta de usar crianças como porta de entrada fácil para empurrar produtos às famílias. É dessa forma que alimentos relacionados ao desenvolvimento de obesidade, por exemplo, ganham o espaço que deveria ser destinado a frutas e verduras.

 

“O projeto nasceu porque em 2001, meu filho à época com 11 anos, não parava de me pedir as novidades anunciadas na televisão. Decidi promover o debate sobre o tema, apresentando o projeto proibindo a publicidade destinada ao público infantil”, afirmou Luiz Carlos Hauly à reportagem do Joio.

 

Após idas e vindas entre as comissões da Câmara, o texto chegou a uma versão final que diz que é “proibida a publicidade destinada a promover a venda de produtos infantis, assim considerados aqueles destinados apenas às crianças”.

 

As modificações feitas nestes 17 anos deram alguma maturidade à discussão e o projeto é visto por entidades da sociedade civil como um dos mais importantes para defesa dos direitos da criança e do adolescente contra eventuais abusos dos meios de comunicação.Instituo Alana, que desde 1994 busca promover a garantia ao desenvolvimento integral de crianças e adolescentes, recomenda a aprovação do PL, dentre as iniciativas que acompanha.

 

A versão final está pronta para votação em plenário desde 2016. A equipe de reportagem visitou o Congresso Nacional, em Brasília (DF), e conversou com assessores parlamentares que informaram que o presidente do Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), pretende votar projetos relacionados à infância na ocasião.

 

“Este projeto de lei não foi ainda aprovado porque, na essência, atinge diretamente o interesse das empresas fabricantes de brinquedos infantis e do mercado publicitário, que têm nas crianças um grande filão consumidor”, afirma Hauly. Ele diz que espera o apoio de ativistas e organizações da sociedade para a votação.

 

“Acredito que a participação da sociedade neste momento é de fundamental importância para que seja aprovado pela Câmara dos Deputados. Após as eleições, ainda teremos dois meses de funcionamento do Congresso Nacional e não podemos desistir em nenhum momento de tornar este projeto em realidade.”

 

O PL 5921/2001 é um dentre vários que tramitam no Legislativo federal. O Instituto Alana monitora propostas que valem a atenção. Em especial, outras duas iniciativas são interessantes a esta altura do campeonato.

 

De autoria do deputado Carlos Bezerra (MDB/MT), o PL 1637/2007 cria regras sobre a publicidade de alimentos de baixo teor nutricional, com altos índices de açúcar, gorduras e sódio.

 

Já o PDC 1460/2014, de autoria de Milton Monti (PR/SP), vai na contramão. Pretende suspender uma resolução do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente, ligado à Presidência da República, que regulamenta propagandas direcionadas ao público infantil.

 

Fonte: O JOIO E O TRIGO

 

Imagem em destaque: Instituto Alana

 

CECANE UFPI realiza Curso de Formação para atores do PNAE

Teve início no dia 19/05/2018 o Curso de Formação para atores do PNAE (nutricionistas, gestores e presidentes de Conselhos de Alimentação Escolar–CAE), realizado pelo Centro Colaborador em Alimentação e Nutrição Escolar CECANE UFPI como parte das atividades de ensino propostas pelo Projeto “Estudo de práticas de vida saudável com estudantes de ensino fundamental e médio na perspectiva da promoção da soberania e segurança alimentar e nutricional”. O projeto é credenciado pelo CNPq, por meio da Chamada CNPq/MCTIC Nº 016/2016 e conta com parcerias da Universidade Federal do Ceará- UFC, Universidad Nacional de Catamarca (UNCA)-Argentina-Catamarca, dentre outras.

O curso (40 h) foi estruturado em quatro encontros (oficinas) e a abertura ocorreu no Auditório do Departamento de Nutrição da Universidade Federal do Piauí, com a Coordenadora e Subcoordenadora do CECANE-UFPI Profª. Dra. Marize Melo dos Santos e Profª. Dra. Cecília Maria Resende de Carvalho e contou com a presença do Profº. Dr. José Arimatea Barros Bezerra – UFC, que conduziu a Oficina 1, no turno da manhã, com a temática: Ciências Humanas e Educação Alimentar e Nutricional. O curso contou com o envolvimento de Agentes do PNAE (CECANE-UFPI), como instrutores, mestrandos e doutorandos do Programa de Pós-Graduação em Alimentos e Nutrição-UFPI. As temáticas abordadas pelos curso foram; Ciências Humanas e Educação Alimentar e Nutricional; Competências e atribuições dos Conselheiros de Alimentação Escolar, e nutricionistas na execução do Programa Nacional de Alimentação Escolar – PNAE, Círculo de diálogo sobre o PNAE: vivências no cotidiano do trabalho Abertura: Alimentação Saudável na Escola.

 

Equipe participante:

Luiza Marly Freitas de Carvalho (PPGAN)

Sarah de Melo Rocha (PPGAN-UFPI)

Layonne de Sousa Carvalho (PPGAN-UFPI)

Elizabete Maciel de Sousa Cardoso (CECANE-UFPI)

Amália de Jesus Moura Sinimbu (CECANE-UFPI)

Elaine Carvalho de Morais (CECANE-UFPI)

Waldimir Ferreira da Silva Filho (CECANE-UFPI)

Victor Alves de Oliveira (CECANE-UFPI)

Ennya Cristina Pereira dos Santos Duarte (CECANE-UFPI)

Confira algumas fotos do Curso:

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No Oiapoque, no Amapá gestores e professores de escolas indígenas participaram de oficinas sobre o Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae)

Curso capacitou professores e gestores de escolas indígenas sobre alimentos saudáveis da agricultura familiar

Gestores e professores de escolas indígenas do Amapá participaram de oficinas sobre o Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae). Durante quatro dias, representantes dos povos Galibi-Marworno, Karipuna, Palikur e Galibi-Kalinã estiveram na cidade de Oiapoque para debater sobre como garantir aos estudantes das escolas indígenas da região uma alimentação saudável, de acordo com a realidade local.

Nas oficinas, os participantes assistiram apresentações sobre o funcionamento do Pnae e tiraram dúvidas de questões relacionadas à prestação de contas, licitação, mapeamento da produção agrícola local, elaboração de cardápios específicos e diferenciados, estruturação de chamadas públicas para compra de produtos da agricultura familiar e criação de projetos de venda para os produtores fornecedores.

A iniciativa partiu de demanda apresentada pela Organização dos Professores Indígenas do Município de Oiapoque (Opimo) na Câmara de Comercialização de Produtos da Sociobiodiversidade e da Agroecologia do Amapá. Segundo Izabel Gobbi, antropóloga da Coordenação-Geral de Promoção da Cidadania (CGPC) da Funai, ações como essas são necessárias, pois “os povos indígenas têm pedagogias próprias e processos específicos de ensino e aprendizagem, sendo que os hábitos alimentares, as práticas e conhecimentos associados são parte fundamental desses processos”.

A ação foi organizada pela Fundação Nacional do Índio (Funai) com o apoio do Mapa, Cooperação Técnica Alemã (GIZ), da Secretaria Estadual de Educação (Seed), da Secretaria Extraordinária dos Povos Indígenas do Amapá, do Instituto de Desenvolvimento Rural do Amapá (Rurap), do Conselho de Alimentação Escolar do Estado (CAE/AP), do Conselho de Alimentação Escolar do Município, da Secretaria Municipal de Educação, da Secretaria Municipal de Agricultura, do Instituto de Pesquisa e Formação Indígena (lepé) e do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado do Amapá (Sebrae Amapá).

 

Fonte: https://bit.ly/2M2U88I

Publicado: 19/07/2019 

Estudantes municipais de Alagoas participam de atividades da Jornada de Educação Alimentar e Nutricional

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Com o objetivo de incentivar o debate e a prática das ações de Educação Alimentar e Nutricional no ambiente escolar, as Unidades de Ensino de Santana do Mundaú, município de Alagoas, atendidas pelo Programa Nacional de Alimentação Escolar, estão promovendo a Jornada de Educação Alimentar e Nutricional.

 A iniciativa visa à promoção da alimentação saudável e a prevenção da obesidade infantil, tendo como agente transformador da alimentação, as merendeiras. 

Na Escola Municipal João de Melo Mendonça no Sítio Brejo Grande, pais e alunos participaram de uma série de atividades conduzidas pela professora Mirela e a merendeira Simone Souza. Na oportunidade, as profissionais destacaram a importância de uma refeição nutritiva. De acordo com Simone, por meio das experiências apresentadas na Jornada, as crianças têm demonstrado mais disposição para experimentar novos alimentos, especialmente os vegetais. “Meu desafio diário é preparar refeições boas e saudáveis para os nossos alunos. Quando faço um prato e vejo as crianças cheias de alegria, é gratificante demais”, afirma a merendeira.

A secretária de educação, Daniele Márcia, destaca que, no processo de promoção de hábitos alimentares saudáveis, o trabalho das merendeiras envolve não só o preparo, a higienização de áreas físicas e a distribuição da alimentação escolar, mas, sobretudo, juntamente com o nutricionista, elas têm a responsabilidade de dar sabor, aroma e textura aos alimentos, além de compreender todo o processo de produção da refeição e a relevância que o PNAE (Programa Nacional de Alimentação Escolar) tem no dia a dia dos estudantes. 

“Essa ação reforça a política de saúde, alimentar e educacional da gestão municipal, e tem como principal objetivo, conscientizar nossas crianças – desde pequenas, sobre a importância da alimentação saudável. Além disso, também mostramos aos pais como todo nosso sistema educacional está empenhado em colaborar para a qualidade alimentar a fim de garantir um maior rendimento do nosso estudante, afinal, é comprovado que uma criança bem nutrida tende a ter mais atenção e desenvoltura no aprendizado”, afirma. 

 

Merendeira Simone Souza da escola municipal João de Melo Mendonça

 

FONTE: CADAMINUTO

Experiência na alimentação escolar de indígenas são exemplo de participação ativa entre os diferentes atores do PNAE

Manaus – 

Em 2019, a Lei 11.947/09, que define diretrizes da alimentação escolar no Brasil, completa dez anos de promulgação.

Nesse sentido, a atuação do Ministério Público Federal (MPF) no Amazonas tem se mostrado efetiva em benefício da alimentação escolar destinada a indígenas e a povos tradicionais a partir dos trabalhos desenvolvidos pela Comissão de Alimentos Tradicionais dos Povos do Amazonas (Catrapoa), criada em 2016. 

As primeiras reuniões da comissão ocorreram após visita do MPF à terra indígena Yanomami, ocasião em que o órgão verificou dificuldades logísticas no escoamento da produção e em relação ao abastecimento de alimentos nas escolas localizadas em comunidades tradicionais no Amazonas. Esses povos possuem formas tradicionais de conservação dos alimentos, o que não estava sendo respeitado. O MPF constatou que os alimentos que chegavam às comunidades eram inadequados por serem industrializados e, portanto, descontextualizados da cultura desses povos, gerando inúmeros problemas de saúde, como diabetes e pressão alta.

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Aquisição de alimentos beneficia a produção nas próprias aldeias (Foto:Divulgação/Seduc-AM)

De acordo com o procurador da República Fernando Soave, que preside a comissão, o grupo de trabalho conta com a participação ativa de organizações de povos indígenas e, mais recentemente, das populações tradicionais, que têm desempenhado papel importante na articulação, disseminação e implementação da política de alimentação escolar, o que contribui com o empoderamento e a autonomia desses povos e comunidades.

Nesses três anos, a atuação da comissão resultou em significativos avanços junto ao poder público pela melhoria e adequação da alimentação escolar destinada a indígenas e povos tradicionais, com destaque para articulação e integração interinstitucional entre organizações públicas, da sociedade civil e lideranças indígenas de atuação federal, estadual e municipal na formulação, divulgação e implementação de políticas públicas de comercialização, com foco no Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), voltadas à agricultura familiar, em especial, povos indígenas e populações tradicionais;

A expedição da Nota Técnica nº 01/2017 pelo MPF e instituições responsáveis pela fiscalização sanitária no Amazonas (Superintendência Federal de Agricultura e Agência de Defesa Agropecuária no Amazonas), relativa ao autoconsumo no contexto dos povos indígenas, também permitiu a aquisição pelas escolas indígenas de proteína e vegetais processados provenientes das próprias comunidades.

FONTE: D24am Amazonas 

Falar sobre os benefícios dos alimentos auxilia crianças a comerem mais saudável, dizem pesquisadores.

Quem já não ouviu da mãe: “O espinafre vai te deixar mais forte” ou “O abacate vai te dar energia pra brincar mais”?

E ela estava certa! Não só em relação aos benefícios dos alimentos, mas também na forma de incentivar hábitos mais saudáveis. Quem confima isso é um estudo americano publicado há poucos dias no Journal of Nutrition Education and Behavior da Washington State University e Florida State University scientists.

Durante o experimento, os pesquisadores ofereceram alimentos saudáveis ​​para um grupo de crianças de 3 a 5 anos por seis semanas. Antes de começar, as 87 crianças do experimento classificaram o quanto gostaram de quatro alimentos escolhidos de diferentes grupos de alimentos, como pimentões verdes (vegetais), tomates (vegetais), quinoa (grãos) e lentilhas (proteína). Então, duas das comidas que mais gostavam foram oferecidas a elas duas vezes por semana. Ao longo dos testes, os cientistas também apresentaram às crianças um de seus alimentos de baixa classificação com argumentos sobre os benefícios dos alimentos. A outra comida era simplesmente dada a eles para provar, isso tudo dentro da rotina normal das crianças. 

Foram usadas frases que se concentram nas metas que as crianças têm e baseiam-se em informações nutricionais precisas, como:

“Os tomates impedem que você fique doente e são bons para o seu coração!”

“Quinoa faz você correr rápido e pular alto!”

“As lentilhas ajudam-no a aprender e ajudam-no a crescer!”

“Os pimentões impedem que você fique doente e são bons para o coração!”

INCENTIVE EXPLICANDO!

Ao fim dos testes, os pesquisadores chegaram à conclusão de que as declarações afirmativas foram mais eficazes em fazer as crianças comerem alimentos saudáveis ​​do que apenas apresentá-los repetidamente sem conversas. “Descobrimos que, um mês depois, as crianças comeram o dobro da comida que foi apresentada com benefícios em comparação com a sem palavras positivas”, diz Jane Lanigan, professora associada do Departamento de Desenvolvimento Humano da WSU e principal autora do estudo. “Toda criança quer ser maior, mais rápida, capaz de saltar mais alto. Esses argumentos tornam a comida mais atraente”, completa.

Com o tempo, o estudo mostra que o uso destes “incentivos” provavelmente aumentará a quantidade de alimentos saudáveis ​​que as crianças comem. “Eu tenho dois filhos e eu provavelmente poderia ter feito as coisas de forma diferente ao tentar levá-los a comer de forma mais saudável. Queríamos preencher uma lacuna, onde os pais costumam dizer o que os filhos deveriam comer, mas não como fazê-los comer. E isso é realmente importante”, conclui.

Pesquisas anteriores mostram que oferecer alimentos repetidamente aumenta a probabilidade de que as crianças experimentem algo novo. No entanto, segundo Jane, o contexto dessas ofertas nunca foi levado em consideração. 

PALAVRA DE ESPECIALISTA

Para a nutricionista Andreia Friques, presidente da Associação Brasileira de Nutrição Materno Infantil, falar sobre os benefícios dos alimentos é algo que tradicionalmente já acontece nas famílias brasileiras. “A minha percepção como pesquisadora inclusive, é que o estilo de vida moderno está afastando as famílias daquilo que é natural. As crianças americanas, por exemplo, não sabem o conceito da palavra ‘cozinhar’. Estudo mostram que muitas acreditam que isso seja apenas abrir um pacote e colocá-lo no microondas, pois muitas famílias não cozinham mais. E isso, infelizmente, está chegando no nosso país”, explica.

“As famílias não se reúnem mais à mesa. Muitas vezes, os pais subestimam seus filhos, achando que eles não vão entender, mas eles entendem, sim. A criança tem que olhar para o prato, saber os nomes dos alimentos, e os pais precisam explicar que quando se ‘come colorido’, a criança fica mais forte e menos doente. Isso é um processo, leva um tempo, mas quando o psicológico entende, nosso corpo começa a aceitar melhor os alimentos”, completa Andreia. 

DICAS PARA OS PAIS

Segundo a nutricionista, primeiro, os pais precisam entender que, geralmente, até um ano e meio, a criança costuma comer bem. Mas a partir dessa idade, o ritmo de crescimento desacelera, então, a necessidade calórica diminui. “Naturalmente, ela passa a ingerir volumes menores de comida. E é aqui que as famílias se desesperam. Nessa fase, a criança já tem suas preferências. Então, um erro comum é oferecer outros alimentos como biscoitos, bolos e doces, porque os adultos preferem que ela coma algo do que não comer nada ou comer pouco”, alerta. 

Portanto, além de explicar sobre benefícios dos alimentos, os pais podem e devem:

– Não subtituir as refeições do seu filho por “bobagens”, isto é, calorias vazias. Caso contrário, a criança ficará sem apetite. É preferível que ela coma pouco, mas consuma alimentos nutritivos;

– Não ofereça mamadeira muito próximo das refeições e diminua gradativamente a quantidade diária de leite. Segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria, a partir de um ano de idade, a criança deve tomar, no máximo, 600 ml de leite por dia (exceto leite materno, que não tem restrição). Pois, o excesso de proteína aumenta o risco de obesidade;

– Para crianças seletivas – que aceitam somente determinados alimentos -, a dica é começar a oferecer, de forma lenta e gradual, variações desses alimentos: mude texturas, formas de preparo e altere ingredientes;

– Leve a criança à cozinha. Faça com que ela participe do preparo dos alimentos, peça para que arrume a mesa e convide-a para ir à feira, para que ela conheça a variedade, texturas e cheiros dos alimentos;

– Substitua a palavra ‘experimente’ por, por exemplo, ‘vamos ver que gosto tem?’. Quando a criança cria uma cerca resistência ao ouvir a mesma palavra todos os dias, a recusa acontece automaticamente.

E, por fim, faça pelo menos uma refeição à mesa com seu filho. “É possível criar memórias afetivas em torno de uma refeição saudável. Dessa forma, você estará criando na criança uma consciência alimentar que ela vai carregar ao longo da vida. E quando for adulto, provavelmente as comidas saudáveis vão remeter a essas lembranças”, finaliza Andreia.

Fonte: Por Sabrina Ongaratto 

Revista Crescer